Por Rodrigo Ribeiro Em RMVale

Ford de Taubaté vai suspender contrato de trabalho de funcionários

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Ford de Taubaté vai suspender contrato de trabalho de funcionários

Divulgação/Ford

A Ford de Taubaté vai suspender o contrato de trabalho de parte dos 1.800 funcionários da unidade da montadora na cidade. Além disso, a empresa também tem negociado com o Sindicato dos Metalúrgicos a concessão de férias coletivas e paradas da produção, transformadas em banco de horas.

Por meio de nota, a Ford informou que as medidas tem o objetivo de ajustar o ritmo de produção à desaceleração do mercado doméstico e também à redução nos volumes para exportação.

Segundo o sindicato, o lay-off (suspensão de contrato) de alguns funcionários deve acontecer a partir de agosto.

Atualmente, a Ford está finalizando a negociação para definir o número de trabalhadores da fábrica de Taubaté que terá seus contratos de trabalho temporariamente suspensos. Segundo Cláudia Albertina, coordenadora geral do comitê sindical por empresa na Ford, a medida é uma alternativa para evitar demissão e foi aprovada pelos funcionários.

"Desde janeiro deste ano, a Ford tem procurado o sindicato dizendo que as vendas caíram. Foi aberto PDV (Programa de Demissão Voluntária) e os funcionários tiveram férias coletivas em fevereiro e junho. A empresa queria demitir, mas conseguimos negociar essa alternativa de lay-off", explica Cláudia.

Para a representante sindical, a ideia é trazer os trabalhadores para a empresa após o lay-off. "Não queremos nenhuma demissão. A Ford lançou na semana passada o novo Ká e o câmbio manual e o motor 1.5 são feitos 100% em Taubaté. É o novo carro da Ford, com participação da unidade de Taubaté, esperamos que venda para não ocorrerem demissões", conta.

Durante o período de lay-off, o funcionário é obrigado a frequentar curso de qualificação e o pagamento dos salários fica dividido entre governo federal e empresa, que fica desobrigada de encargos trabalhistas. Segundo Cláudia, os contratos vão ser suspensos por dois a cinco meses, conforme definido na Legislação.

Lay off em São José
Três dias após o retorno dos cinco mil funcionários que estavam em férias coletivas de 15 dias, a GM (General Motors) anunciou a pretensão de implantar o lay-off na unidade de São José dos Campos. Segundo a montadora, a medida é necessária para ajustar o volume de produção.

Nesta quarta-feira (30), os trabalhadores da GM aprovaram o processo de resistência contra os planos da montadora em adotar o sistema de lay-off e o encaminhamento de um pedido de reunião entre o sindicato dos Metalúrgicos e a presidente Dilma Rousseff. 

Os trabalhadores reivindicam a assinatura de uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego em empresas que recebam incentivos fiscais.

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