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Funcionários da Ford voltam ao trabalho nesta segunda-feira em Taubaté

O retorno faz parte do acordo firmado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos no TRT

Escrito por Meon

22 FEV 2021 - 12H42 (Atualizada em 22 FEV 2021 - 13H06)

Sindmetau

A produção na Ford em Taubaté foi retomada nesta segunda-feira (22) após um acordo firmado no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Essa nova fase na luta pelos empregos vem acompanhada de avanços. Os trabalhadores estariam protegidos por uma blindagem jurídica tripla.

"O acordo no TRT entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) e a Ford, aprovado em assembleia na última quarta-feira (18), é a camada mais recente dessa proteção", disse o sindicato. 

Ele estabelece que a Ford deve assegurar salários e benefícios aos empregados, sejam convocados ou não ao trabalho, até que as negociações com o sindicato sejam concluídas. Outro ponto importante é a garantia de uma reunião com a direção mundial da montadora, com objetivo de tentar reverter a saída da empresa do Brasil.

Essa foi a segunda decisão favorável aos trabalhadores no mês de fevereiro. No dia 5, a Justiça do Trabalho já havia paralisado a demissão em massa prevista pela montadora. A liminar obtida pelo Ministério Público do Trabalho apontou ainda que a Ford não pode suspender o pagamento de salários e licenças durante as negociações.

A primeira proteção aos trabalhadores é um acordo de estabilidade nos empregos firmado em fevereiro do ano passado. Esse acordo está vigente e é válido até 31 de dezembro de 2021.

Produção

A Ford Taubaté retomou a produção nesta segunda-feira com cerca de 130 funcionários. Até 330 trabalhadores devem ser convocados, de forma escalonada, ao longo desta semana.

A fábrica conta com 830 funcionários diretos. Quem não for convocado irá continuar em LR (licença remunerada), com salários e benefícios garantidos. A Ford vai produzir peças de reposição para o mercado.

Negociação

Representantes do Sindmetau e da diretoria mundial da Ford devem se reunir até quinta-feira (25). É a primeira vez que a montadora aceita colocar executivos globais da empresa na mesa de negociação.

O objetivo prioritário do sindicato é tentar reverter a saída da montadora do país. “É óbvio que a gente sabe que é muito difícil. Mas essa foi uma decisão unilateral que a Ford tomou, sem dar ao menos a oportunidade para que pudéssemos criar algumas alternativas, que permitissem a Ford permanecer na cidade de Taubaté”, explica  o coordenador sindical na Ford, Sinvaldo Cruz.

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