Funcionários durante paralisação dos Correios
Divulgação
Os funcionários dos Correios de diferentes cidades da região iniciaram uma greve na manhã desta quinta-feira (27), sem previsão de término.
Segundo o Sintect-VP (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos do Vale do Paraíba e Litoral Norte), cerca de 80% dos serviços estão paralisados nas unidades de São José dos Campos, Lorena, Taubaté, Guaratinguetá, Aparecida, Jacareí, Caçapava, Queluz e outras.
Entre os objetivos da paralisação está a realização de novos concursos e novas contratações, barrar o projeto de privatização da empresa, reivindicar pelas férias anuladas e a volta do antigo plano de saúde da categoria.
“Os pontos principais são barrar a privatização e venda da empresa proposta pelo atual presidente, Guilherme Campos, retomar o plano de saúde alterado, quebrar a suspensão de férias imposta pelos Correios e comprovar para a população que eles tem dinheiro, mas que está sendo desviado”, diz Luiz Antônio de Oliveira Santos, o Índio, funcionário do Correios em Lorena, há 21 anos, e diretor do sindicato.
Segundo Índio, após diversas reuniões entre a diretoria da empresa e o sindicato, eles foram informados de que existe a intenção de fechamento de agências e redução de efetivo dos Correios, com a privatização.
“Eles estão buscando uma brecha na lei para quebrar a nossa estabilidade, alegando que precisam reduzir os gastos, com a possibilidade da demissão de 25 mil trabalhadores e fechamento de 250 agências no país”, explica o diretor. Segundo ele, três dessas agências que seriam fechadas são na região _em São José, Pinda e Guará.
Segundo ele, a falta de dinheiro não é um problema para os correios, segundo o sindicato. “O dinheiro está sendo desviado, sendo usado de outras formas. Para os jogos olímpicos eles gastaram R$ 350 milhões”, conclui Índio.
Outro lado
O Correio se manifestou por meio de uma nota, classificando a greve como um "ato de irresponsabilidade" e que vão se manifestar oficialmente somente no período da tarde.
"Uma paralisação dos empregados neste momento delicado pelo qual passa a empresa é um ato de irresponsabilidade, uma vez que a direção está e sempre esteve aberta ao diálogo com as representações dos trabalhadores. No entanto, os Correios irão adotar todas as medidas necessárias para garantir a continuidade de todos os serviços", declara a empresa.
Boleto
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