Gestamp demite 60 funcionários da fábrica em Taubaté

A Gestamp, fábrica que produz peças para o setor automobilístico, demitiu 60 funcionários na última quarta-feira (3), de acordo com o Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região). Durante a semana, o grupo alegou ter sido afetada com as paralisações no setor, anunciando a necessidade de desligar um excedente de 200 empregados.

A metalúrgica fornece peças para montadoras, como Volks e General Motors, que reduziram a produção por causa da falta de semicondutores. Com isso, a produção na planta também foi impactada, causando inatividade em um dos turnos, o que representa os 200 funcionários citados.

A empresa havia pedido ao Sindicato dos Metalúrgicos a negociação de layoff - suspensão temporária de contratos - e uso de banco de horas para minimizar a ociosidade na fábrica, antes do feriado de Finados. Durante as negociações, no entanto, a empresa demitiu 60 trabalhadores.

O sindicato interveio para barrar o processo de demissões iniciado pela empresa e a Gestamp; que teriam se comprometido a suspender novos desligamentos, enquanto as negociações ainda eram realizadas.

O Sindmetau reitera que "está empenhado na negociação de alternativas que evitem novas demissões. O objetivo é preservar ao máximo os postos de trabalho durante esse período de queda na produção da indústria automotiva".

Histórico

Em 2020, a empresa demitiu 164 pessoas depois de anunciar mão de obra excedente de 350 trabalhadores. Na época, a Gestamp aderiu ao layoff, mas antes do fim da medida anunciou as demissões.

O Portal Meon entrou em contato com a Gestamp, porém, até o fechamento da matéria, a empresa não havia respondido. O Sindmetau, em nota, repudiou a ação da empresa, alegando que esta desrespeitou a negociação em andamento sobre o excedente na fábrica.