#HeróiPET: saiba como preparar seu cão para a chegada de um bebê

Belinha com as gêmeas Sophia e Valentina

Patrícia Vizeu/Arquivo Pessoal

A vida da publicitária Patrícia Palhares Vizeu e de sua cachorrinha Belinha ficou completa há cinco meses quando nasceram as gêmeas, Sophia e Valentina, em São José dos Campos. A experiência da nova mamãe com bebês e PETs, compartilhada hoje com o Meon, prova que a gravidez não é motivo para doar ou vender um animal quando chega uma criança na família.

Diferente de muitos outros casos, nesta casa, Belinha é considerada uma filha de pêlos e a convivência bem preparada, fez com que o lar dos Vizeu se tornasse um lugar melhor tanto para as crianças quanto para o PET.

"No primeiro dia em que as gêmeas chegaram, a primeira coisa que eu fiz foi deixar a Belinha cheirá-las. Quando fiquei grávida, ela não ficou com ciúmes, até ficou mais apegada comigo. Acho um absurdo se desfazer de um animal. Não tem motivo algum para doar ou vender o PET só pelo fato que vai chegar um bebê em casa", destaca Patrícia.

Segundo a publicitária, Belinha ficou curiosa com o nascimento dos bebês e aos poucos a família foi sendo apresentada. "O pediatra nos orientou apenas para não deixar lamber no começo o rostinho ou a mãozinha. Mas os pés eu deixava ela cheirar e com o passar dos dias elas ficaram cada vez mais próximas. As meninas são super saudáveis e não tiveram nenhum tipo de problema com a minha cachorrinha", detalha.

Com apenas quatro meses, Sophia e Valentina, graças a convivência com a cachorrinha de Patrícia, já engatinharam tentando imitar Belinha, considerada na casa como a irmã peluda.

Mudanças
A adestradora Samira Lescura, reforça os benefícios da convivência entre bebês e PETs e dá algumas dicas para melhorar essa experiência. "Existem muitos mitos que quando você está grávida precisa doar seu animalzinho, pois gato transmite asma, cachorro transmite sarna e várias historias deste tipo. O principal é manter tudo sempre bem higienizado sempre", explica.

No caso dos gatos, Samira orienta que se mantenha a caixa de areia sempre limpa, assim como o tapetinho dos cachorros, que deve ser trocado sempre. "Se não houver quem faça isso para a grávida, ela pode fazer mais utilizando luvas. O contato direto com a urina não é bom", explica.

Dicas
- Evite brincadeiras que impulsionam o cão a pular ou a morder, isso pode machucar a gestante;

- Prepare o animal para a chegada do bebê. Pense que quando o bebê já tiver nascido a mamãe não terá tanto tempo para dar atenção ao cão, então é bom já prepará-lo para isso e manter uma relação já imaginando que o bebê está ali. Se tinham o costume de passear e sabe que não conseguirá passear mais, contrate um 'dog walker' - pessoa para passear com seu cão -  ou se tiver algum parente que o faça, não o prive da rotina.

- Não mude situações rotineiras bruscamente, pois o animal sente falta do dono. Se puder, durante a gravidez adéque o ambiente para o cão perceber a chegada do pequenino. Quando o bebê chegar é legal espalhar paninhos primeiro pela casa com o cheirinho do bebê para que o cão já comece a conhecê-lo. A apresentação deve ser feita gradualmente e sempre de uma forma positiva para o cão, quando você estiver com ele nos braços peça para alguém dá um petisco um brinquedinho que ele gosta, sempre recompense quando ele estiver perto;

- A supervisão é sempre importante quando o assunto é cães e crianças. Sempre que seu filho estiver brincando com o cão é importante o monitoramento de um adulto.