Por Marcus Alvarenga Em RMVale

Jovem é agredida por segurança dentro de casa noturna em Taubaté

Estudante alega que foi retirada da balada puxada pelo cabelo

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Casa noturna no centro de Taubaté tem confusão com expulsão de cliente

Reprodução/Google Street View

Luiza Rezende Pimentel, estudante de odontologia de 19 anos, relatou em sua rede social a agressão que sofreu dentro de uma casa noturna na noite desta quinta-feira (21), em Taubaté. O post viralizou entre frequentadores e nos comentários surgiram diversas histórias de outras situações agressivas dentro do estabelecimento, em outros eventos.

“Ontem à noite, eu e minhas amigas tivemos a infeliz ideia de comemorar o aniversário da Giulia no bar/balada Quarto do Santo, em Taubaté. Uma das minhas amigas começou a passar mal e fomos ao banheiro, onde ela reclamava de falta de ar. Uma funcionária estava gentilmente nos ajudando quando a destreinada funcionária chamada Juliana disse que não poderíamos continuar no banheiro daquele jeito e ficou gritando com a gente”, relata a estudante nas redes sociais.

De acordo com Luiza, a amiga possui Síndrome do Pânico e embora a doença estivesse controlada, no meio da festa a jovem começou a passar mal. “Estávamos em cinco meninas dentro do banheiro, uma delas em crise. A mais calma da turma conversava com a segurança, mas ela não queria conversar e só gritava. Decidimos sair por medo dela se tornar mais agressiva, já que ela tinha puxado pelo braço a nossa amiga que estava desamparada”, relata a estudante.

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Luiza, Gabriela, Giulia, Ana e Bruna

Arquivo Pessoal

A segurança teria várias vezes insultado e ameaçado as meninas. No caminho entre o banheiro e a saída, cerca de 50 metros de distância, Luiza levava a amiga carregada pelo ombro, quando a segurança agarrou o seu pescoço pelas costas a puxou pelo cabelo, segundo relato da jovem.

“Levei um susto na hora, não sabia o que fazer. Soltei a minha amiga e comecei a ser puxada pelo cabelo. As meninas que estavam comigo tentavam ajudar, mas levaram socos e empurrões. Eu tentei segurar no cabelo dela também, mas a outra segurança tirou minha mão. Fui levada pelo cabelo até os caixas e ninguém fez nada”, lembra assustada.

As estudantes acionaram a Polícia Militar, que conversou com a equipe de segurança, mas não foi autorizada a entrar na casa noturna e orientou as jovens que buscassem a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), pela manhã, para registrarem a ocorrência.

“Nós todos vamos à delegacia, desde quem foi expulso comigo, como outras testemunhas que viram o despreparo da equipe. O que mais me assustou foi o chefe da segurança ameaçar ‘se você falar, toma cuidado!’, quando comentamos que o que restava era divulgar o ocorrido na internet, pois ninguém entre os funcionários havia se posicionado contrário à segurança agressiva”, completa.

A jovem afirma ainda ter dores após a agressão. Sua advogada deve requisitar as imagens das câmeras do circuito interno de segurança do estabelecimento para utilizar como prova. “Eu até tinha dúvida sobre o usa das câmeras, mas o próprio dono entrou em contato comigo e confirmou que o estabelecimento está separando as imagens das câmeras”, diz a estudante.

Segurança 
O sócio proprietário da empresa de segurança, Mario Velloso, se pronunciou por telefone e confirmou que a funcionária envolvida foi afastada e que estão sendo realizadas investigações internas sobre os detalhes do caso.

Casa Noturna
No início da manhã desta sexta-feira (22), Ricardo Crous, proprietário da balada, entrou em contato com a jovem agredida através de um aplicativo de mensagem, pedindo desculpas e que iria tomar providências junto da empresa de segurança.

“Eu não estava na casa ontem. Já estou verificando tudo o que ocorreu, buscando nas câmeras para ver se mostra algo. De antemão, peço todas as desculpas pelo o que acontece. Pode ter certeza que sou o primeiro a querer tomar as ações cabíveis”, diz Crous.

Ao Meon, Crous afirmou que está muito decepcionado com a situação, que os dois seguranças citados pela jovem na rede social já foram afastados da casa e somente após as investigações internas, talvez os colaboradores retornem ao quadro de funcionários terceirizados da casa.

"Antes de tudo, sou cliente e não gostaria de um tratamento como a jovem relatou. Prontamente realizei uma reunião com os responsáveis da empresa de segurança e estamos nos empenhando ouvindo funcionários e clientes, para verificar a responsabilidade de cada um no caso. A casa e eu, particularmente, repudio qualque forma de tratamento agressivo e de abuso de poder", completa.

Através da página oficial na internet, a casa noturna, aberta há três anos em Taubaté e com frequentadores assíduos, disponibilizou uma nota oficial lamentando o ocorrido e informando que os fatos estão sendo apurados. Confira nota na íntegra.

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