Após denúncias de espancamento, 24 detentos do CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José dos Campos compareceram ao IML (Instituto Médico Legal), na tarde desta terça-feira (11), para realização de exame de corpo de delito.
As agressões teriam sido cometidas por agentes do GIR (Grupo de Intervenções Rápidas), durante revista que aconteceu na última sexta-feira (7) no pavilhão 1, após um drone (espécie de mini-helicóptero) ter lançado um pacote de 250g de cocaína no pavilhão.
Do lado de fora do CDP, familiares denunciam violência contra os detentos
Warley Leite/ Meon
Segundo apuração do Meon, o laudo deve comprovar que 22 presos sofreram agressões durante a ação do GIR. Quanto aos outros dois, não foram encontradas evidências de espancamento.
Os exames foram realizados a pedido do promotor de Justiça Fábio Antonio Xavier de Moraes, que visitou os detentos do pavilhão 1 do CDP nesta segunda-feira (10). O resultado da perícia será base para investigação da promotoria pública sobre uso excessivo de força por parte dos agentes. Ainda não há data definida para a divulgação dos resultados.
Castigo
Após o episódio envolvendo a entrega de cocaína por um drone, todos os presos do pavilhão 1 estão proibidos de receber visitas. A medida, segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), faz parte de uma punição administrativa e é padrão em todo o Estado.
A medida causou revolta entre os familiares dos detentos, que acusam os agentes de tortura e de manter os presos sem luz e água como forma de repreensão.
Um grupo com cerca de 30 parentes dos encarcerados se reuniu nesta segunda-feira (10) em frente ao CDP. Eles relatavam que até mesmo as vestimentas dos integrantes do Pavilhão 1 haviam sido retiradas pelos agentes.
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