Detentas durante aulas na penitenciária de Tremembé
Divulgação/Corevali
“O conhecimento transforma as pessoas e gera esperança”. Assim, define Silvana de Carvalho, diretora do Centro de Trabalho e Educação da Penitenciária 1 de Tremembé, sobre as atividades de leitura que são realizadas com os reeducandos. Duzentos detentos da penitenciária 1 de Tremembé recebem os livros didáticos para estudarem no pavilhão.
O projeto, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, conta com o apoio de professores, que também neste ano ofereceram aulas para os detentos se prepararem para o Enem PPL (Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade). Neste ano, vinte reeducandos frequentaram as aulas durante a semana.
De acordo com a diretora do Centro, o projeto está sendo aceito pelos reeducandos. Para aderir, é preciso fazer uma inscrição. “Eles recebem os livros, que são encaminhados para que possam estudar no pavilhão. Atualmente, são 130 no regime fechado e 70 no aberto”, disse Silvana de Carvalho.
Segundo ela, os livros são separados e existe uma troca, dependendo da demanda. “A troca dos didáticos acontece de acordo com demanda. Separamos os livros e dependendo dos assuntos há uma troca”, acrescentou.
Enem
Neste ano, os detentos também participaram do Enem PPL, com a ajuda de três professores voluntários. Os reeducandos participaram do exame nos dias 13 e 14 de dezembro. Com aulas às segundas e sextas-feiras, foram trabalhados assunto relacionados à Redação, Matemática e Ciências Humanas e Natureza. Em balanço da Corevali (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região do Vale do Paraíba e Litoral), 1.363 reeducandos foram inscritos no Enem, em 2016.
“As aulas aconteceram em quatro salas, com professores voluntários. Para participarem, optamos por alguns critérios, como os mais velhos e que estão cursando o Ensino Médio”, destacou a diretora.
Segundo Silvana, a leitura de livros e as atividades desenvolvidas com os detentos estão surtindo efeito. “O conhecimento transforma as pessoas, além de gerar esperança e perspectiva. Usamos a Educação como meio para que possam sair da criminalidade e é isso que iremos oferecer: esperança a eles”, completou.
Boleto
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