Acima, Emef Vera Lúcia Carnevalli Barreto; abaixo, EE Santana do Paraíba
Montagem/Reprodução/Google Earth
Um grupo de pais da Vila César reclama que a prefeitura transferiu para a rede estadual, de última hora, a matrícula de seus filhos que iriam cursar o 1º ano na Escola Municipal de Ensinoi Fundamental Vera Lúcia Carnevalli Barreto, a antiga "escola da tecelagem", na região norte de São José dos Campos. Para os responsáveis, a nova escola é longe e faltam informações.
Segundo os pais, uma pré-matrícula foi feita em julho, quando escolheram para onde queriam que as crianças do bairro fossem encaminhadas. "Estava tudo certo, agora mudaram sem explicar direito. Há mais de 30 anos as crianças da Vila César são enviadas para a escola Vera Lúcia. Sabemos que decidiram fechar uma sala e mandar as crianças para uma outra escola que fica longe, queremos saber o porquê", explica o pai de aluna Ricardo Marques da Silva, 37 anos.
Assim como Silva, a professora Ângela Mineiro, 38 anos, também não conseguiu vaga para a filha na escola municipal. "Minha filha mais velha já estuda lá. Agora quero saber como vou fazer para levar uma numa escola e a menor na outra, no mesmo horário. Como a mais velha pode estudar lá e a mais nova não? É o mesmo endereço", critica.
Segundo Ângela, a filha e outras 16 crianças que estudam no NEI (Núcleo de Educação Infantil) da Vila César não conseguiram vagas e foram matriculadas automaticamente no 1º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Santana do Paraíba, em Santana.
"Em julho, fiz a pré-matrícula e escolhi, assim como todas as mães, a escola Vera Lúcia. Agora eles só pegaram metade dos alunos, o restante mandaram para a escola estadual. Não tenho nada contra a outra escola, mas como eu, que fiz inscrição antes, fiquei de fora? O pior é que já tivemos uma reunião com a Secretaria de Educação e não conseguimos entender nada até agora", conclui Ângela.
Silva acionou a defensoria pública para garantir a vaga da filha na escola municipal, os demais pais ainda esperam esclarecimentos da prefeitura sobre por que a escola diminuiu o número de vagas e sobre os critérios de distribuição das mesmas.
Outro lado
A Secretaria de Educação informou que as vagas são distribuídas de acordo com a proximidade entre a escola e a casa do aluno. Gradativamente, as crianças são matriculadas até a última vaga neste critério.
Segundo a pasta, as vagas disponíveis para o 1º ano na Emef Vera Lúcia Carnevalli Barreto foram preenchidas em sua totalidade para 2015 por alunos que moram a uma distância inferior a 900 metros. Os dois estudantes citados pela reportagem moram a distâncias superiores, por isso foram encaminhados para a segunda unidade escolar mais próxima de suas casas, a Escola Estadual Santana do Paraíba.
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