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Operação da PF combate milícia no Vale

No estado são 16 mandados de busca em seis cidades

Escrito por Meon

29 JUN 2023 - 08H45 (Atualizada em 29 JUN 2023 - 09H21)

Divulgação/Polícia Federal

Na manhã desta quinta-feira (29) a Polícia Federal realiza uma operação para combater a atuação de uma milícia em São José dos Campos.

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De acordo com a Polícia, essa organização criminosa, por meio de ameaças e do uso da força, estava envolvida em uma série de crimes.

Os alvos são cinco policiais militares, dois policiais civis, uma empresa e outras seis pessoas. As buscas acontecem nas casas dos investigados. Não há mandados de busca e apreensão em batalhões ou prédios públicos.

A investigação aponta ainda que os milicianos se valiam dos cargos públicos que ocupam para ter acesso a informações privilegiadas, como ações da polícia e dados pessoais de vítimas.

A operação desta quinta-feira é um desdobramento da operação ‘Pau na Gata I’, realizada em 2019, que revelou a existência de um grupo criminoso comandado por um líder do sindicato da construção civil da cidade.

Na ação desta quinta, cerca de 90 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão em seis cidades do estado de São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Estadual de São José dos Campos e estão sendo cumpridos em: São José dos Campos (2), Jacareí (7), Santa Branca (3), Mauá (2), Mogi das Cruzes (1) e Guarulhos (1).

Conhecida como ‘Hoste do Vale’, a operação desta quinta tem como objeto impedir a atuação dessa milícia.

Segundo a PF, o grupo atuava com violência e ameaças para praticar diversos crimes e foi responsável por intimidar pessoas relacionadas à Refinaria Henrique Lage (Revap), em 2019.

Os integrantes da milícia chegaram a vandalizar bens da refinaria, depredando ônibus e veículos.

Ainda segundo a Polícia, a investigação revelou que os membros desse grupo criminoso possuíam tarefas definidas dentro da estrutura da organização. Além das ações relacionadas à refinaria, eles também realizavam atividades ilícitas para defender os interesses de terceiros.

As investigações seguiram desde então e comprovaram a ligação de membros do grupo com agentes públicos, que consultavam bancos de dados para repassar informações e dados privilegiados de vítimas.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de milícia privada, divulgação de segredo, falsidade ideológica, delitos relacionados à posse, porte e comercialização ilegal de armas de fogos. Caso sejam condenados, a pena pode chegar até 33 anos de prisão.

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