Por Felipe Kyoshy e Lucas Ananias Em RMVale

Gaeco deflagra operação para investigar rede de farmácias

Empresa é suspeita de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal

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Operação cumpriu mandados de busca e apreensão na Farma Conde

Lucas Ananias/Meon

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, Receita Federal e a Secretaria da Fazenda do Estado deflagraram na manhã desta quarta-feira (28), em São José dos Campos, a operação batizada de Monte Cristo, para investigar suspeita de lavagem de dinheiro e sonegação que envolve a rede de farmácias Farma Conde, com sede na cidade.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público, a investigação começou há três anos e meio, após a Secretaria da Fazenda encontrar indícios de fraudes fiscais na rede de farmácias.

A organização teria feito aquisição de produtos de uma fornecedora, com sede em Goiás, por meio de empresas de fachada, para diminuir custos com tributos. Por isso, foi identificada obtenção de vantagem ilícita à Farma Conde, com a diminuição do custo final dos produtos.

Ainda de acordo com o MP, também foi descoberto um esquema de lavagem de dinheiro, com a movimentação de recursos entre pessoas ligadas ao grupo empresarial responsável pela Farma Conde.

A operação cumpriu 67 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça de São José dos Campos em várias cidades onde a rede tem estabelecimentos, como Jacareí, Caçapava, Caraguatatuba, Ubatuba, São Paulo, Araçatuba e Campinas.

Em São José, os alvos da operação foram a sede da empresa,  no Jardim Aquarius, zona oeste da cidade, e em residências de pessoas ligadas à empresa. Além disso, a Justiça determinou o sequestro de 60 imóveis e o bloqueio de ativos financeiros de diversas empresas ligadas à Farma Conde, segundo o Ministério Público.

Outro lado

A assessoria de imprensa do grupo divulgou uma nota em relação a operação.

Leia a nota na íntegra:

Foi arbitrária e abusiva a busca feita nesta manhã pelo Ministério Público de São Paulo nas instalações do Grupo Conde, no interior paulista. Trata-se de uma retaliação dos promotores ao pedido da empresa de encerramento das investigações, que já duram quatro anos, sem qualquer evidência de irregularidade. O Grupo Conde atua com correção e respeito à lei, e sempre esteve à disposição das autoridades para esclarecimentos e apresentação de documentos. Serão tomadas todas as medidas judiciais cabíveis em relação às ilegalidades cometidas contra a empresa.

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Por Felipe Kyoshy e Lucas Ananias, em RMVale

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