A cidade tem 114 casos da doença e cinco mortes por Covid-19
A Prefeitura de Caraguatatuba pediu explicações para o Hospital Stella Maris sobre o caso em que uma família teve que enterrar outro corpo no lugar de um parente que havia morrido por coronavírus. A confusão envolveu o corpo de três pessoas diferentes e só foi percebido quando uma das famílias resolveu abrir o caixão, já que o falecido não estava com a Covid-19. Os corpos foram destrocados e sepultados novamente, desta vez com as famílias corretas.
O paciente com Covid-19 era João Marcos de Oliveira, de 74 anos e que faleceu pela doença na noite da última segunda-feira (18). O enterro estava marcado para a manhã da terça-feira (19), mas por se tratar de uma vítima do coronavírus, o sepultamento deveria ser breve e com o caixão fechado. A cerimônia foi rápida e João Marcos foi enterrado.
No mesmo dia do enterro, a filha de João Marcos recebeu uma ligação do hospital Stella Maris, dizendo que o corpo que ela havia sepultado não era do próprio pai e que os caixões haviam sido trocados. A confusão só foi percebida, pois a família de outro falecido – que não era vítima de Covid-19 – resolveu abrir o caixão e perceberam que não era o parente deles e sim o pai de Graziela.
A funerária resolveu desenterrar o caixão que deveria ter ser de João Marcos, acreditando que apenas havia trocado os dois corpos. Ao checar o caixão novamente, perceberam que não era o corpo da segunda família e sim um terceiro corpo que havia sido trocado.
As três famílias tiveram que reconhecer os parentes que haviam falecido para poderem seguir com o sepultamento. Após isso, os corpos foram destrocados e sepultados novamente, desta vez com as famílias certas. Por terem tido contado com várias pessoas, foi solicitado que os familiares das famílias seguissem isolamento social, por haver risco de ter se contaminado pelo vírus.
A Prefeitura de Caraguatatuba informou que “solicitou a diretoria da Casa de Saúde Stella Maris a abertura imediata de sindicância para apurar o caso”. O órgão também disse que a Vigilância Sanitária segue todos os procedimentos e protocolos passados pelo Ministério da Saúde.
Já o Hospital Stella Maris se posicionou sobre o caso dizendo que “logo que teve ciência do ocorrido, tomou todas as medidas necessárias para regularizar a situação”. O hospital também disse que instaurou uma sindicância interna para apurar o fato.
A funerária e as famílias envolvidas no caso não foram encontrados pela reportagem para se posicionar sobre o assunto.
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