Parque Tecnológico de São José dos Campos, uma realidade na RMVale

Entrada do Parque Tecnológico em São José dos Campos

Flávio Pereira/Meon

Com a instalação de novas empresas internacionais e a inauguração do Laboratório de Estrutura Leves do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo), o Parque Tecnológico de São José dos Campos alcançou no primeiro semestre de 2014 o posto de único complexo com este tipo de infraestrutura no hemisfério Sul.

Em cinco anos de existência, já recebeu mais de R$ 1,76 bilhão em investimentos públicos e privados. Outros R$ 400 milhões começam a ser investidos neste ano -R$ 300 milhões com a instalação do Centro de Pesquisas do ITA (Instituto Tecnológico Aeroespacial) e mais R$ 100 milhões para as obras iniciais do Centro de Tecnologias Aeronáuticas e do Instituto de Inovação em Defesa do Senai.

"O Parque Tecnológico certamente configura-se como um dos mais importantes do país considerando parâmetros como volume de investimentos, presença de marcas globais e instituições de ensino de elevada reputação e qualidade da infraestrutura oferecida, em pouco tempo desde sua entrada em operação" destaca Horácio Forjaz, diretor geral do Parque Tecnológico de São José dos Campos.

Com 188 mil metros quadrados de área, o espaço abriga cinco centros de desenvolvimento tecnológicos, divididos pelas áreas de aeronáutica, águas e saneamento ambiental, saúde, comunicação e energia.

Nesses âmbitos de pesquisa, instituições como o IPT ou o Senai, por exemplo, mantêm em parceria com universidades (Unesp, ITA, Unifesp, Usp e Fatec), empresas nacionais (Vale, Embraer e Ericsson) e internacionais (Boing e Airbuss) estudos e projetos para novas fontes energéticas ou formas de se comunicar.

Berço da tecnologia

Para o diretor do Parque, a principal missão deste complexo é fomentar a criação, crescimento e consolidação de empresas inovadoras de base tecnológica. "Que essas empresas sejam capazes de, no seu conjunto, contribuírem para o crescimento econômico do município e para a geração de empregos de qualidade", detalha Forjaz.

Empresas que querem pesquisar e desenvolver novas tecnologias em todas as áreas também encontram no Parque Tecnológico espaço para crescerem. No Centro Empresarial 1, 25 empresas já criam produtos inovadores e ganham fôlego para conquistar o mercado. Já no prédio do Centro 2, com dois andares, 14 novas empresas assinaram contrato este ano e começam a se instalar.

Além do espaço para investirem em seu negócio, esses empreendedores encontram um ambiente propício para ampliarem o contato com grandes empresas de tecnologia, institutos nacionais de pesquisa, laboratórios modernos e obter mão de obra qualificada, formada nas universidades dentro e fora do parque.

O produto desse trabalho vai de nanossatélites até pasta de dente sem flúor, de novas soluções para o destino final do lixo até o aproveitamento total e sustentável do petróleo.  

A longo prazo, Forjaz afirma que o futuro para o Parque Tecnológico de São José é se tornar modelo e referência para parques no Brasil e exterior. "Nossa visão é de um parque seja mais autossuficiente, com melhor balanço entre receitas próprias versus receitas do Poder Público. Que tenha novos serviços e competências, que sejam gradativamente agregados e melhorados, com consultorias, serviços especializados de apoio as pequenas e médias empresas, com análises e ensaios em laboratórios sofisticados e de uma ótima gestão, mais eficiente e automatizada".

Até o final de 2014, o Centro Empresarial 2 vai abrir inscrições para a seleção de novas empresas. Detalhes de como participar do processo podem ser obtidos no site do Parque Tecnológico.