A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo será presidida pela primeira vez na história por uma figura feminina. Patrícia Vanzolini, professora e advogada criminalista, estará à frente da maior seccional da ordem no país durante os próximos dois anos.
Na disputa pelo cargo, Patrícia venceu o atual presidente da entidade no estado, Caio Augusto Silva dos Santos, que buscava ser reeleito. Ele chegou a liderar a disputa no início da apuração, entretanto, com 97% das urnas apuradas, a advogada já alcançava uma margem de 3%, impossível de ser alcançada.
“Mais do que representa a primeira mulher no comando da OAB em São Paulo, reconheço o peso da responsabilidade que é reconstruir essa seccional, que é a maior do país, com meu compromisso de atuar na defesa intransigente das prerrogativas de todos os advogados e a valorização da profissão, do primeiro ao último dia do meu mandato”, destacou a candidata eleita em nota.
Ao todo, Patrícia superou cinco chapas para vencer a presidência da OAB paulista. Atrás da advogada e do atual presidente da entidade, o terceiro lugar ficou com Dora Cavalcanti. A chapa da criminalista era a única do pleito com duas mulheres nas posições de presidente e vice.
Em seguida vieram Mário de Oliveira Filho e Alfredo Scaff, respectivamente. O segundo, inclusive, por sua postura conservadora, deteve um grande apoio por parte de advogados bolsonaristas.
Além de Patrícia Vanzolini, assumirão a nova diretoria o advogado Leonardo Sica, como vice-presidente da chapa; seis conselheiros federais, sendo três efetivos e três suplentes, além de outros quatro cargos. Os demais integrantes são conselheiros estaduais efetivos e suplentes, além de integrantes da CAASP (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo).
Será a primeira vez na história da OAB-SP que a entidade será presidida por uma mulher. Esse fato passa, em grande parte, por uma nova regra firmada pelo órgão na formação das chapas para este ano: é necessário que os cargos de comando sejam ocupados em 50% de homens e 50% mulheres.
Com isso, após 22 homens ao longo da história terem presidido a OAB-SP, uma mulher será encarregada de presidir a maior secção da entidade no país.
Além da igualdade de gênero, o pleito marcou também a primeira eleição com a obrigatoriedade de cotas raciais em 30% para as chapas como um todo.
Em entrevista cedida ao Portal Meon há duas semanas, Patrícia Vanzolini afirmou que uma de suas principais bandeiras caso assumisse (à época) a OAB-SP, seria lutar contra o fim da reeleição. Segunda a advogada, o mecanismo impede a alternância no cargo com maior facilidade.
“Somos contrários, tanto nas eleições da OAB quanto nas eleições civis para presidente e outros cargos executivos. O atual gestor, desde o primeiro dia em que esteve à frente da entidade, não fez outra coisa a não ser trabalhar para fazer política e buscar a reeleição. Eu, inclusive, tive eventos e palestras cancelados por estar na oposição. Isso é ruim para a advocacia em geral", relatou.
Outro ponto citado por Patrícia foi em relação à político-partidária dentro da instituição. De acordo com a advogada criminalista, a tendência vem crescendo nos últimos anos e, segundo ela, o papel da entidade não é esse.
“É importante que a entidade não tenha nenhuma veiculação político-partidária. Quando temos líderes da nossa instituição se filiando a partidos e saindo como candidatos, há política partidária. É necessário a desvinculação política e coragem de se manifestar em nome da advocacia”, destacou.
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