Por Elaine Rodrigues Em RMVale

Plano Nacional de Segurança Hídrica contempla a bacia do Paraíba do Sul

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Apresentação do novo Plano Nacional de Segurança Hídrica em Brasília

Divulgação/ANA

A bacia do Rio Paraíba do Sul na RMVale fará parte do novo Plano Nacional de Segurança Hídrica que foi apresentado na tarde desta quarta-feira (20) pela ANA (Agência Nacional de Águas) e o Ministério da Integração Nacional em Brasília.

O plano visa, nos próximos 20 anos, garantir que o sistema de abastecimento e energia hidroelétrica brasileiro não entre em colapso. De acordo com a ANA, no evento foram apresentadas as metodologias que levaram dois anos para serem desenvolvidas.

Na fase inicial, a agência vai identificar e definir as principais intervenções e estratégias de recursos hídricos, como a construção ou expansão de barragens, sistemas adutores, canais e eixos de integração, necessárias para garantir a oferta tanto de água potável quanto para outros usos. A meta é que esta etapa de levantamentos seja concluída até 2016.

Para o diretor do Ceivap (Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul), Tarcísio José Souza e Silva, o plano está atrasado e a sua apresentação em meio a crise é uma afronta aos estados onde já falta água.

"Gastaram muito tempo com conversa e pouco com ações. Isso compromete o resultado. É um plano importante, mas a demora complica. Agora em meio crise, vem como solução? Falar de corda em casa de enforcado é complicado", afirma.

Silva aponta que entre as melhorias discutidas pelo Ceivap para a bacia do Paraíba, que podem ser contempladas pela ANA, está a criação de uma nova barragem para garantir a segurança hídrica da região.

"Falamos há mais de 20 anos da construção de uma represa com as águas do Rio Buquira, entre Monteiro Lobato e São José dos Campos. Com certeza esse será um apontamento a ser considerado. Agora o que não pode ficar de fora é uma forma de obrigar as pessoas a usarem racionalmente a água", conclui.

Gestão de crise
Além das medidas para a expansão e manutenção do sistema hídrico, o novo plano terá a missão de traçar estratégias para reduzir os riscos associados a eventos críticos, como secas, cheias e enchentes.

Foram contempladas neste novo plano quatro regiões estratégicas: Nordeste Setentrional e Bacia do Parnaíba, leste da Bahia e norte de Minas Gerais, no sudeste os estados de São Paulo e Rio de Janeiro e, por fim, toda a região sul do Brasil. A bacia do Rio Paraíba do Sul, que atende há três estados e é responsável pelo abastecimento de mais de 11 milhões de pessoas, será contemplada.

Com o plano em mãos, o Ministério da Integração e seus parceiros tanto no âmbito federal quanto estadual serão responsáveis por financiar as mudanças necessárias. Uma das diretrizes do plano é que as obras tenham natureza estruturante e abrangência interestadual ou relevância regional e garantam resultados duradouros em termos de segurança hídrica.

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