Saúde de Lorena encontra resistência em vacinação contra o HPV

Com uma meta de vacinar 1.900 meninas, de 9 a 11 anos, três semanas após iniciar a vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), principal causador do câncer de colo de útero, a secretaria de Saúde de Lorena vacinou até esta semana, apenas 17,63%, o que corresponde a 337 jovens. Até o dia 17 de abril, a intenção é alcançar 1.800 meninas.

De acordo com a gerente da Vigilância Coletiva, Hellen Colino, a equipe tem encontrado dificuldades com a autorização para realizar a vacinação nas escolas. “Algumas escolas apresentaram dificuldades para a gente durante esse período de duas semanas, algumas recusam, mas lembrando que isso é uma parceria com a secretaria de Educação. Então houve a autorização da secretária, que forneceu, inclusive, a relação de alunas por escola, por período, para a gente se organizar para facilitar o nosso dia a dia”.

Além disso, Hellen informou que alguns pais também apresentaram resistência quanto à aplicação em suas filhas, já que antes de realizarem a visita às escolas, é encaminhado um termo de autorização ou recusa aos pais. No termo de recusa, é necessário justificar a resposta.

“A gente tem, futuramente, o projeto de encaminhar ao Conselho Tutelar, porque se não justificar, essas meninas não estão recebendo uma vacina que por direito é delas.Muito se repercutiu no ano passado, que algumas meninas do municipio de Bertioga receberam a vacina, e logo em seguida apresentaram sintomas de náuseas, vômitos e precisaram ser hospitalizadas, mas isso já foi estudado e foi constatado que foi um efeito emocional”, afirmou.

No municipio, além da aplicação nas escolas municipais, estaduais e particulares, a vacina também está disponível nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde), das 7h às 19h; e nas ESF’s (Estratégias de Saúde da Família), das 7h às 17h.

A vacina é aplicada em três doses: a primeira agora em março; a segunda a partir de setembro, seis meses após a primeira dose; e a última, após cinco anos.