Por Rodrigo Ribeiro Em RMVale

Seis cidades estão com a situação financeira comprometida na RMVale

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Dívida em Cruzeiro é de R$ 90 milhões, segundo prefeito

Flavio Pereira/Meon

Ao menos seis cidades da região estão com a situação financeira comprometida: Cruzeiro, Potim, Bananal, Redenção da Serra, Igaratá e Natividade da Serra. Em três delas, as dívidas somente foram descobertas após a cassação ou afastamento dos prefeitos.

A situação mais complicada é em Cruzeiro, que sofreu com constantes mudanças no comando da prefeitura em 2014. Segundo o prefeito Rafic Zake Simão (PMDB), a dívida chega a R$ 90 milhões nos cofres públicos.

Para Rafic, o maior desafio para continuar administrando a cidade é impedir que se acumulem mais pendências ao longo dos anos. “Estamos enfrentando uma situação complicada em Cruzeiro, com dívidas acumuladas que chegam a um montante que compromete quase que todo orçamento anual da cidade”, explica.

Em Potim, após Edno Félix Pinto (PTdoB), o Nenê, assumir a prefeitura declarando ter em caixa R$ 1.740 para governar, foi descoberta uma dívida de R$ 13 milhões. Nenê assumiu o comando do Executivo após o ex-prefeito Benito Thomaz ter sido afastado do cargo pela Justiça. No dia 18 de agosto, Benito foi assassinado na praça central da cidade.

Segundo o procurador-geral de Potim, José Ary Fernandes, além da dívida, consta na tesouraria do município o atraso nos salários de muitos funcionários, entre eles, alguns médicos. O procurador também investiga o sumiço de uma verba referente a convênios assinados para a reforma de salas de aula.

Em Redenção da Serra, o atual prefeito Ricardo Evangelista Lobato (PTB) afirma que a cidade enfrenta a maior crise econômica de sua história e tem uma dívida em torno de R$ 10 milhões. Além disso, a cidade, que vive do turismo, tem sofrido com a crise hídrica na represa de Paraibuna. Lobato assumiu o comando da prefeitura neste ano, quando Benedito Manoel de Morais (PMDB) teve o mandato cassado. 

Natividade da Serra e Igaratá, outras duas cidades localizadas às margens de represas e dependem economicamente dos reservatórios, temem a crise financeira. Juntas, somam mais de R$ 6 milhões em dívidas e lutam para não aumentarem o déficit neste período de estiagem que afastou os turistas das cidades.

Já em Bananal, umas das cidades mais ricas do Brasil no tempo dos Barões do Café, possui dívidas quase que impagáveis. A informação é da prefeita Mirian Ferreira de Oliveira Bruno (PV), que afirmou em entrevista ao Meon em julho, que o maior desafio no comando da administração municipal é “administrar com um orçamento pequeno e saldar essas dívidas adquiridas com repasse de valores dos governos que foram usados indevidamente”, disse.

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