A Operação SP Sem Fogo, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) registrou, de janeiro a agosto deste ano, 2159 ocorrências de incêndio em todo estado. A Polícia Ambiental aplicou 420 autos de infração por degradar a vegetação. Mais de R$ 21 milhões de reais em multas foram aplicadas. Mais de 20 pessoas foram presas por causarem incêndios.
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A Fundação Florestal (FF), responsável pelas Unidades de Conservação do Estado, como forma de prevenção, fechou 81 Parques Estaduais para proteger os visitantes e a população do entorno destas localidades. A FF ampliou o número de bombeiros civis em quase 80% neste mês para combater as chamas, passando de 57 para 102 profissionais.
A estrutura da FF conta ainda com mais de 200 brigadistas, e 70 vigilantes brigadistas. Os equipamentos que são usados por esses profissionais são: Caminhões-pipa, tratores, carretas-tanque, picapes 4×4, kit moto-bomba com tanque rígido, quadriciclos, sopradores, atomizador costal, roçadeiras, motosserras, bomba costal e abafadores. Além disso, só neste ano, a fundação realizou mais de 1.600 km de aceiros, faixa de terra livre de vegetação que é criada para impedir a propagação de incêndios. 80 animais silvestres foram resgatados, 44 mortos e 36 estão em tratamento. A área queimada nas Unidades de Conservação é de cerca de 700 hectares, o que corresponde a apenas 0,7% da área total protegida de mais de um milhão de hectares.
O Governo do Estado adota uma série de medidas, desde o ano passado, com ações transversais e intersecretariais no combate aos incêndios. Em dezembro de 2023, foi lançado o programa São Paulo Sempre Alerta, que investe mais de R$ 1,8 bilhão em ações para minimizar o impacto das mudanças climáticas. Outra iniciativa implantada em 2023 é a Operação SP sem Fogo, que, de forma permanente, desenvolve ações preventivas contra incêndios. Desde 5 de junho, a operação está na fase vermelha, quando as equipes passam de uma fase de treinamento e preparação para uma fase de monitoramento, prevenção e combate. 2600 profissionais passaram por esse treinamento neste ano.
No dia 24 de agosto, o governo criou um gabinete de crise, no âmbito dessa operação, por causa dos incêndios. Uma força-tarefa com 15 mil pessoas permanece mobilizada continuamente para pronta resposta. Há monitoramento permanente por satélite de focos de incêndio, condições climáticas e previsão meteorológica para planejamento de ações e deslocamento de efetivo, veículos terrestres e aeronaves. Dentro desta operação estão mais de 1,6 mil bombeiros e apoio de 587 viaturas para combate terrestre.
No início do mês, o Estado liberou R$ 5,9 milhões adicionais para a contratação de 120 horas de voo de monitoramento e 300 de combate aéreo, somando 420 horas. O reforço se somou às outras 1.400 horas de voo já contratadas pela Semil e pela Defesa Civil para atuar nas queimadas. Ao todo, o estado conta com 20 aeronaves à disposição. Mais de 800 lançamentos de água por aeronaves já foram realizados no interior do estado, com cerca de 330 mil litros de água despejados. As ações de combate aos incêndios também contam com o apoio da iniciativa privada tanto na identificação de focos de queimada quanto nas ações preventivas.
Desde o ano passado, a gestão estadual investiu mais de R$ 170 milhões no âmbito da Operação SP Sem Fogo. Além disso, o governo paulista aplicou mais R$ 152 milhões na compra de 125 viaturas para o Corpo de Bombeiros e na aquisição de veículos e equipamentos para a Defesa Civil atuar no enfrentamento ao fogo. O Governo de São Paulo adotou ainda medidas para garantir o estoque de medicamentos e oxigênio nas unidades de saúde. A Secretaria de Estado da Saúde reforçou o estoque de medicamentos e oxigênio e intensificou medidas de orientação à população.
NOVAS MEDIDAS PARA ENFRENTAMENTO DA PIORA DA QUALIDADE DO AR
Diante do cenário de tempo seco, ocorrência de incêndios e piora na qualidade do ar, o Governo de São Paulo divulgou novas orientações em saúde e diretrizes para todo o Estado.
A principal recomendação em saúde é que as pessoas evitem atividades físicas ao ar livre e aumentem a ingestão de água. Entre as medidas anunciadas, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) suspendeu temporariamente as autorizações de queima no estado para a despalha de cana, queima fitossanitária ou para manejo. As duas únicas exceções são para a implantação de aceiros que evitem a propagação do fogo; e para casos de finalidade fitossanitária solicitados diretamente pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Segundo o Mapa de Risco de Incêndio do Estado, há nível de emergência para queimadas em quase todo o território paulista. O gabinete de crise montado pela gestão estadual no Centro de Gerenciamento de Emergências na Defesa Civil (CGE) segue mobilizado no monitoramento e coordenação das ações de prevenção e combate aos incêndios.
Diante desse cenário, as secretarias de Estado da Saúde (SES), Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a Cetesb e a Defesa Civil apontaram que a piora na qualidade do ar ocasionada pelas queimadas é agravada pela atuação de uma massa de ar quente, seco e estável, aliada à ausência de chuvas, o que dificulta a dispersão dos poluentes.
As pastas seguem monitorando e atuando no combate aos focos de incêndio, medindo a qualidade do ar e avaliando os eventuais riscos à saúde. Todas as recomendações serão compartilhadas com os municípios paulistas.
Qualidade do ar
A Cetesb conta com uma rede de monitoramento de qualidade do ar composta por 85 estações, sendo 63 automáticas e 22 manuais, distribuídas no território paulista. O monitoramento segue os métodos de medição adotados internacionalmente.
Nos últimos dias foram observados, de forma abrangente, um número elevado de estações com qualidade do ar classificada como “Muito Ruim” e “Ruim” em decorrência de altas concentrações de partículas inaláveis finas (poeira, fuligem e fumaça que ficam suspensas na atmosfera em função do seu pequeno tamanho).
Essa situação é influenciada pelos diversos focos de incêndios no estado, agravada pelas condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes com atmosfera estável, pouca ventilação e ausência de chuvas.
Recomendações em saúde à população
• Pessoas devem evitar atividades físicas ao ar livre;
• Aumentar o consumo de água e líquidos para manter a hidratação do organismo e das vias aéreas;
• Para quem estiver dentro de casa, a orientação é que mantenham portas e janelas fechadas, para reduzir a entrada de partículas de fora para dentro das residências;
• Em regiões de queimadas, como proteção adicional, a sugestão é de, quando sair de casa, utilizar máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente.
Grupos de risco
Crianças menores de cinco anos, idosos e gestantes devem ter atenção redobrada às recomendações acima, assim como pessoas com comorbidades, as quais devem buscar atendimento médico imediatamente na ocorrência de sintomas respiratórios.
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RMVALE No lugar da Feira da Educação
SÃO JOSÉ REALIZA A 57ª SEMANA CASSIANO RICARDO
Pelo segundo ano consecutivo, a Semana Cassiano Ricardo será desenvolvida em conjunto a FLIM (Feira Literomusical), nas instalações do Parque Vicentina Aranha, nos dias 20,21 e 22 de setembro. O evento da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) promoveu essa associação de programações e entende que essa é uma maneira de potencializar a divulgação e difusão da obra do poeta junto a sociedade.
A curadoria da Semana estará sob responsabilidade do jornalista Júlio Ottoboni, que há 4 décadas estuda a obra e a vida do poeta nascido em São José dos Campos e imortal pela Academia.
Por parte da programação da FCCR haverá novidade até então desconhecidas pelo público, como a ligação de Tom Jobim com Cassiano Ricardo e com São José dos Campos. Para isso haverá a abertura da exposição Tom Jobim e Cassiano Ricardo, em homenagem aos 30 anos da morte do músico e 50 anos do poeta, no Pavilhão Marina Crespi, no dia 21.
No dia 20, ocorrerá a exibição com debate do documentário inédito ‘Acordo com Lampião: só na boca do fuzil”. No dia 21 haverá um workshop com a jornalista Neide Duarte.
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