Por Marcus Alvarenga e Moisés Rosa Em RMVale

Três são presos e greve de ônibus não tem previsão de fim em Taubaté

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Funcionários da ABC Transportes paralisam atividades em Taubaté

Flávio Pereira/Meon

O primeiro dia de paralisação dos motoristas e cobradores de transporte coletivo em Taubaté terminou, nesta quinta-feira (9), com três presos e outros quatro funcionários da empresa ABC Transportes feridos. O Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba afirma que a greve não tem previsão de término.

Por volta das 17h45, para tentar atender a demanda da população, a empresa retornou com seis ônibus nas linhas de maior fluxo de passageiros. Segundo sindicato, alguns motoristas e cobradores fizeram uma barreira humana e tentaram impedir que os veículos deixassem a garagem da empresa, mas foram contidos pela Polícia Militar, que reagiu com bombas de efeito moral e tiros de borracha. Após a confusão, os portões da garagem foram liberados.

“Um motorista levou um tiro de borracha na testa e outros também sofreram alguns ferimentos”, conta José Roberto Gomes, diretor do sindicato, que alega também ter sido atingido por um tiro de borracha.

Em nota, a Polícia Militar afirma que "houve resistência de alguns grevistas, por isso foi necessário o uso de força moderada para garantia e manutenção da ordem pública e da decisão judicial, sendo três presos até o momento”. A ordem judicial diz que 70% dos ônibus devem circular nos horário de pico, das 6h às 8h30 e 17h às 19h30, e nos demais períodos 50% da frota deve estar nas ruas.

De acordo com a Avetep (Associação das Empresas de Transporte do Vale do Paraíba), a greve é ilegal e descumpre uma lei que determina que a greve seja comunicada com 72 horas de antecedência. Durante o dia, cerca de 300 trabalhadores paralisaram as atividades e a frota de 98 ônibus não circulou. A locomoção ficou restrita apenas ao transporte alternativo.

Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana de Taubaté, a secretária Dolores Pino “Lola” e sua equipe estão acompanhando diretamente todas as negociações e cobram agilidade da empresa para a normalização do serviço.

Reivindicação
A paralisação do transporte público ocorre um dia após o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região de Campinas decidir pelo dissídio de 5,82% da categoria, que tem 1.400 trabalhadores na região. Os motoristas e cobradores reivindicam um aumento real de 5% nos salários, além do repasse na inflação.

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