Anabolizantes são vendidos ilegalmente em academias, internet e celular
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Um impasse entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) traz à tona a ineficiência na fiscalização da venda de anabolizantes na internet e academias.
De um lado, o Estado informa que a responsabilidade por coibir a comercialização dos esteroides e o bloqueio da entrada da droga nas divisas é da Anvisa, orgão ligado ao governo federal.
Já a Agência Nacional informa que a investigação é uma atribuição da polícia e que as ações devem ser acompanhadas pelas vigilâncias estaduais, conforme lei nº. 9.782, de 26 de janeiro de 1999.
Enquanto isso, o comércio clandestino ganha força nas academias da região e na internet. "A compra é muito fácil. Basta procurar pela internet ou perguntar para algum frequentador das academias que sempre indica alguém para vender. Busco os esteroides pelo ganho de massa corporal e encomendo até pelo celular, onde todo mês vejo os valores", comenta um usuário de anabolizantes que não quer ser identificado.
Já a Polícia Militar informa que as apreensões são esporádicas e que dependem de investigações paralelas, com o apoio da Polícia Civil. Por sua vez, a Polícia Civil também não registrou nenhuma apreensão de anabolizantes e não soube informar quando foi a última apreensão da droga.
Quem for pego vendendo anabolizantes pode pegar entre dez a 15 anos de prisão, sendo enquadrado em contrabando e crime contra a saúde pública por vender medicamentos sem receita.
Danos à saúde
O médico do esporte e cardiologista da Unimed, Fábio Baptista, alerta para os malefícios dos anabolizantes para saúde e a venda indiscriminada que faz mais vítimas a cada dia.
"Num primeiro momento pessoas que buscam aumento da massa muscular e da performance com os anabolizantes sentem humor e euforia, mas os futuros sintomas são de alterações comportamentais, efeitos cardiovasculares, infarto, câncer de fígado ou até a morte", explica o especialista.
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