Com mais de 45 mil novos casos anuais, o câncer de cólon e reto (colorretal) continua sendo um dos maiores desafios da saúde pública no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, são esperados 45.630 novos diagnósticos, sendo 21.970 em homens e 23.660 em mulheres. A principal dificuldade está no diagnóstico tardio: mais de 70% dos casos são identificados em estágios avançados, o que reduz significativamente as chances de cura.
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Em contrapartida, um estudo internacional publicado no New England Journal of Medicine trouxe resultados animadores sobre o papel do exercício físico no tratamento. A pesquisa acompanhou 889 pacientes com câncer de cólon por 17 anos em seis países, entre eles Canadá e Austrália. Todos haviam passado por cirurgia e quimioterapia, sendo divididos em dois grupos: um seguiu um programa estruturado de exercícios supervisionados por três anos, e o outro teve apenas acesso a materiais educativos sobre nutrição e atividade física.
Os resultados foram expressivos: o grupo ativo apresentou uma redução de 37% no risco de morte por todas as causas e uma sobrevida de 90% após oito anos, contra 83% no grupo controle.
O oncologista Dr. Levindo Tadeu, da Afya Montes Claros, explica que até um terço dos casos de câncer de cólon pode ser prevenido por meio de mudanças no estilo de vida:
“É fundamental evitar o consumo excessivo de álcool, carnes vermelhas e processadas, além de priorizar frutas, verduras e legumes. A prática regular de exercícios, o controle do peso corporal e consultas preventivas fazem toda a diferença.”
O médico também ressalta a importância de reconhecer sinais de alerta, como alterações persistentes no intestino, presença de sangue nas fezes e perda de peso inexplicável, que podem indicar a necessidade de avaliação médica.
A tendência é mundial: segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), ligada à OMS, mais de 1,9 milhão de casos de câncer colorretal foram registrados em 2022, tornando-o o terceiro tipo de câncer mais comum do mundo. Na América do Sul, a previsão é de um aumento de 75,7% até 2045, com quase 200 mil novos casos por ano.
O fisiologista Dr. Rodolfo Faria, da Afya Itajubá, destaca três modelos de exercícios com eficácia comprovada:
Aeróbicos moderados: caminhada rápida, natação e ciclismo leve melhoram a sensibilidade à insulina e reduzem inflamações.
Treinamento combinado: associa aeróbico e musculação, fortalecendo músculos e reduzindo gordura visceral.
Treino intervalado de alta intensidade (HIIT): melhora o condicionamento e reduz a viabilidade de células tumorais em estudos laboratoriais.
“O exercício físico é uma ferramenta poderosa na jornada contra o câncer, tanto na prevenção quanto na recuperação. Ele ajuda a controlar a inflamação, melhorar o metabolismo e fortalecer o sistema imunológico”, conclui Faria.
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