O gaúcho e morador de Santo Antônio do Pinhal, Serra da Mantiqueira, Cristiano Muller, se afastou do trabalho por um ano para desenvolver o projeto “No Topo do Mundo”, que além da conquista do Everest, contará com um livro e um documentário.
“Quando estou nas montanhas eu sinto uma paz muito grande, não só pelo encontro com Deus, mas pelo encontro comigo mesmo”, assim define a sensação de estar nas montanhas, Cristiano Pinheiro Muller, o 16º brasileiro a conquistar o topo do Everest, a 8.848 metros de altitude, em maio de 2016.
Com 38 anos, Cristiano é executivo de uma multinacional há 19 anos e responsável por gerenciar a construção de importantes projetos do setor de energia em vários países do mundo. Durante quatro anos, ele dividiu o tempo entre as escaladas e o trabalho. Mas, pensando em se dedicar ao montanhismo de forma mais efetiva, decidiu tirar um ano sabático para desenvolver o projeto “No Topo do Mundo”, em que escalaria algumas das principais montanhas mais altas do planeta, culminando com a subida do Monte Everest.
Também faz do projeto um livro e um documentário, que serão lançados esse ano. Segundo o alpinista, o projeto não se resumia apenas nas expedições. Cristiano aproveitou o momento para passar mais tempo com sua família, estudar e desenvolver ações sociais.
O gaúcho se encantou pelo montanhismo, em 2012, assistindo a uma reportagem do renomado montanhista Manoel Morgado. Foi nesse momento que a curiosidade pelo esporte se transformou em paixão e reacendeu um sonho de infância, de se tornar um profissional em algum esporte. “Foi então que passei a ver o montanhismo como uma possibilidade para que eu pudesse retomar o meu sonho de criança, o de poder praticar um esporte em alto nível, superar os meus próprios limites e realizar feitos grandiosos”, afirma.
Antes de chegar ao cume do Everest, Cristiano conquistou outras montanhas, tais como: Monte Elbrus, na Rússia, a 5.642 metros, Mont Blanc, na França, a 4810 metros, Aconcágua, na Argentina, a 6962 metros e o monte Matterhorn, na Suíça, divisa com a Itália, a 4478 metros de altitude, com o cume não alcançado, Monte Denali, no Alasca (cume não alcançado), com 6.194 metros, Aiguille Du Moine, na França, a 3412metros, Mont Blanc, na França, a 4810metros (escalando sozinho), Monte Manaslu, no Nepal (cume não alcançado), a 8163 metros, Monte Kilimanjaro, na África, a 5895 metros de altitude.
“Há pessoas que dizem que o cume não é o mais importante, que o mais importante é o caminho, mas o cume é algo muito importante pra mim”, afirma Cristiano, que desenvolveu um forte treinamento para conquistar o cume do Everest.
Entre uma expedição e outra, Cristiano foi entendendo que sempre é a montanha quem manda. “A montanha não é um ambiente totalmente controlado, é a montanha quem manda, é a montanha quem diz se a gente vai subir ou não”, explica. Ele salienta, que existe todo um planejamento e uma preparação, mas, às vezes, o objetivo de conquistar o cume não é alcançado, assim também acontece em nosso dia-a-dia. O importante é tirar o aprendizado dessas experiências e aplicar em projetos futuros.
Dando continuidade ao Projeto “No Topo do Mundo”, Cristiano está preparando um livro e um documentário, em que conta todo o processo de preparação, escalando outras montanhas importantes do mundo e o ataque ao cume do Everest. O executivo também prepara um material que apresentará em palestras pelo Vale do Paraíba e em outras regiões.
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