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Após críticas de Gilmar Mendes, Bolsonaro defende ministro interino da Saúde

Após críticas do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa da atuação do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a pandemia do novo coronavírus. Em publicação feita nas redes sociais, Bolsonaro disse, nesta quarta-feira, 15, que Pazuello é um "predestinado", que "nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua Pátria". "O nosso Exército se orgulha desse nobre soldado", escreveu Bolsonaro no Facebook.

"Quis o destino que o Gen Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último. Com 5.500 servidores no Ministério o Gen (general) levou consigo apenas 15 militares para a pasta. Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas do Rio. Pazuello é um predestinado, nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua Pátria. O nosso Exército se orgulha desse nobre soldado", afirmou o presidente.

Como mostrou o Estadão, as críticas de Gilmar sobre a militarização do Ministério da Saúde geraram desconforto nas Forças Armadas por uma série de motivos, entre eles o fato de Pazuello ser um general do Exército, ainda na ativa. O ministro tem sido orientado a ir para reserva caso queira continuar no comando da Saúde. Os militares não querem misturar o seu papel com o do governo e, por isso, estão muito incomodados com o tempo que Pazuello já ocupa a pasta da Saúde, há mais de dois meses.

Nesta quarta, 15, através das redes sociais, Bolsonaro lembrou justamente a formação militar de Pazuello e enalteceu a sua atuação. "TODOS NÓS QUEREMOS O MELHOR PARA O BRASIL. O Gen Pazuello é formado na Academia Militar das Agulhas Negras, na arma de Intendência, possuindo mais de 40 anos de experiência em logística e administração", disse Bolsonaro.

Em seguida, Bolsonaro citou que Pazuello atuou na criação do Centro de Obtenções do Comando Logístico do Exército, entre 2014 e 2015; depois, trabalhou nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Entre 2018 e 2020, ele também ficou à frente da Operação Acolhida.

Nesta terça, 14, o Ministério da Defesa encaminhou uma representação à Procuradoria-Geral da República contra Gilmar Mendes. O motivo é a declaração do magistrado, no sábado, de que o Exército está se associando a um "genocídio", em referência à crise sanitária instalada no País em meio à pandemia de covid-19, agravada pela falta de um titular no Ministério da Saúde.

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