O dólar sobe desde a abertura diante do fortalecimento generalizado da moeda americana no exterior e do mal-estar provocado por mais um revés no andamento da reforma da Previdência, em meio à crise inconclusa provocada pela intervenção do Planalto na Petrobras. A alta do petróleo nos mercados futuros de Londres e Nova York pode até enfraquecer a alta da moeda norte-americana antes das divisas sensíveis à commodity, mas não é suficiente para reverter a valorização global da divisa dos Estados Unidos até o momento.
No radar dos agentes econômicos no Brasil, está a nova reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta manhã (a partir das 10 horas), quando começam as discussões sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência, cuja votação de admissibilidade foi adiada ontem para a semana que vem.
O adiamento resultou de uma articulação do Centrão, que mostrou o poder de sua mobilização e de voto mais uma vez.
Numa articulação bem-sucedida na CCJ, foi aprovada a inversão das prioridades: a votação da PEC do Orçamento Impositivo entrou na frente da PEC da Previdência.
Na avaliação do operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, o encaminhamento dado reforça que o "ajuste fiscal segue praticamente travado, já encontrando resistências inesperadas na CCJ, sendo iminente a tentativa de alterações (suprimindo determinados pontos) do texto da PEC previdenciária ainda nessa 'fase' pela oposição, antes mesmo da Comissão Especial'.
Sobre a Petrobras e a política de preços, o presidentes da estatal, Roberto Castello Branco, afirmou na segunda-feira, 15, que, no dia a dia da empresa, ninguém se mete. Nesta terça, ele se reúne às 16h30 em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro, que, na semana passada, determinou em um telefonema a suspensão do aumento do diesel até ordens em contrário.
A interferência direta de Bolsonaro foi justificada na iminência de outra greve dos caminhoneiros. Sobre transporte rodoviário, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República anuncia novas medidas hoje às 11 horas.
Às 9h33, o dólar à vista subia 0,61% aos R$ 3,8916. Na máxima, marcou R$ 3,8961 em alta de 0,72%.
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