Em declaração feita durante agenda de rua nesta quinta-feira (7/11), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) revelou que a auditoria realizada pela Prefeitura de São Paulo nas empresas UpBus e Transwolff identificou "inconsistências na gestão" e a "incapacidade financeira" de ambas as empresas para seguir operando no transporte coletivo da cidade. As duas companhias estão sob intervenção desde abril, quando se tornaram alvo da Operação Fim da Linha, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigar a infiltração do PCC no sistema de transporte público.
O relatório final da auditoria foi entregue à Prefeitura na última semana, e as empresas foram notificadas para apresentarem suas defesas em até 15 dias. Caso as empresas não consigam comprovar sua capacidade financeira e administrativa para retomar as atividades, o prefeito afirmou que a administração municipal poderá pedir o cancelamento dos contratos, o que é conhecido como "caducidade".
A investigação do MPSP, que levou à intervenção nas empresas, revelou indícios de que as duas operadoras estariam envolvidas com o PCC, utilizando o transporte coletivo como um meio para atividades criminosas. Desde a operação, a gestão da Transwolff e da UpBus foi assumida pela SPTrans, a pedido do Ministério Público e da Justiça Paulista.
Além da auditoria, a quinta-feira também foi marcada pela exoneração do secretário de Mobilidade e Trânsito, Celso Gonçalves Barbosa, que deixou o cargo por motivos de saúde. Ele foi substituído por Cláudio Monteiro, que ocupava a posição de adjunto.
O prefeito também foi questionado sobre rumores de uma possível extinção da SPTrans, especialmente no contexto de uma possível reestruturação no setor de transporte. No entanto, Nunes preferiu não comentar sobre o assunto, reafirmando que o foco atual é a análise das situações envolvendo as empresas de transporte sob investigação.
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