Por 16 a 5, a Câmara Municipal de Mauá, na Grande São Paulo, decidiu cassar mandato do prefeito Átila Jacomussi (PSB), acusado de lavagem, organização criminosa, corrupção por suposta participação na máfia da merenda e um mensalão de R$ 500 mil desbaratados pelas operações Prato Feito e Trato Feito. Assume em seu lugar a vice-prefeita, Alaíde Damo (MDB). A votação durou mais de seis horas, e teve uma ausência e uma abstenção.
Átila Jacomussi foi detido, inicialmente, em maio, no âmbito da Operação Prato Feito, da Polícia Federal, que apura desvio de verbas públicas em contratos firmados com o município para fornecimento de merenda escolar.
Na casa de Jacomussi, a PF encontrou R$ 87 mil em espécie, dos quais R$ 80 mil estavam escondidos na cozinha, dentro de uma panela. Ele foi denunciado por lavagem de dinheiro. Em junho, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltá-lo.
Ele foi preso de novo em dezembro, na Trato Feito, que mira esquema de mensalão ligando a Prefeitura e 22 dos 23 vereadores da Câmara Municipal de Mauá, na Grande São Paulo.
No dia da deflagração da Trato Feito, os agentes federais apreenderam com os suspeitos R$ 1,087 milhão em dinheiro vivo.
Em fevereiro, Jacomussi foi solto novamente pelo ministro.
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