A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode votar, nesta quarta-feira, 17, a admissibilidade da reforma da Previdência. Deputados da oposição, no entanto, tentarão adiar a votação para semana que vem.
Nesta quarta, parlamentares contrários à proposta do governo madrugaram na porta da CCJ. A deputada Erika Kokay (PT-DF) chegou às 4h40 para ocupar uma cadeira na porta da comissão, que abre às 9h para entrada dos integrantes. Já Júlio Delgado (PSB-MG) está no local desde as 6h20. Os deputados trouxeram nas mãos requerimentos para tentar arrastar os trabalhos.
A oposição tentará apresentar, logo no início da sessão, agendada para as 10h, pedidos de retirada de pauta e questionamentos sobre a inversão da ordem dos trabalhos prevista no regimento interno da Câmara.
Para que a votação seja iniciada, é necessário um quórum de 37 integrantes. A dúvida é se haverá essa quantidade de presenças, sendo que alguns deputados já voltarão nesta quarta a seus redutos eleitorais para passar o feriado de Páscoa.
Além disso, como o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou nesta terça-feira, 16, deputados contrários à proposta querem retirar da reforma, já na CCJ, pontos polêmicos como o fim do pagamento da multa do FGTS e a restrição ao abono salarial, além do sistema de capitalização.
Na terça-feira, 16, líderes do governo insistiram na intenção de votar a reforma na CCJ antes do feriado. Integrantes do "Centrão", no entanto, colocavam dúvidas sobre o sucesso da estratégia.
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