O mercado de seguros está mais otimista em relação ao ano de 2019, o que o fez elevar suas projeções de desempenho. O setor deve crescer entre 8% e 10,6% este ano frente ao exercício passado, sem considerar o DPVAT e o seguro saúde, conforme o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano. O intervalo anterior apontava crescimento de 5,5% a 7,6%.
"Não vai ser fácil. Dependemos de um segundo semestre gordinho", resumiu o presidente da CNseg, em coletiva de imprensa, durante a Conseguro, evento do setor de seguros que acontece em Brasília, na quarta e quinta-feira.
O segundo semestre tradicionalmente é mais forte para o mercado de seguros, principalmente no segmento de previdência privada, quando há um volume maior de aportes nos planos correlacionados à declaração do Imposto de Renda. O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Jorge Nasser, afirmou que ainda não há uma corrida no segmento por conta do avanço da aprovação da reforma da Previdência, mas que já há uma caminhada.
"Ainda há o desafio da orientação financeira. Somos entusiastas da reforma da Previdência. Vamos passar pelo primeiro grande obstáculo que é mexer nessa reforma paramétrica, com mudança no tempo de contribuição, redução do benefício e aumento da contribuição, e avançar em um segundo momento na capitalização", disse Nasser.
No primeiro semestre, o setor de seguros movimentou R$ 125,4 bilhões, sem considerar os ramos de DPVAT e saúde suplementar, volume 8,4% maior em relação ao mesmo período de 2018, segundo a CNseg. Foi o maior avanço semestral desde 2015. "Não dá pra dizer que é uma boa notícia, mas mostra resiliência do setor de seguros ao ciclo econômico", avaliou Coriolano.
No período, os segmentos de destaque foram o de pessoas, com expansão de 9,3% impulsionado pelos planos de previdência VGBL e PGBL, e de danos e responsabilidades, com alta de 5,5%. "A grande notícia é que a população quer se proteger de bens importantes em sua vida como o seguro residencial, que preserva o patrimônio das pessoas, e seguros de vida e planos de previdência", concluiu o presidente da CNseg.
*A repórter viajou a convite da CNSeg
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