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Covas diz que pandemia está estável em SP, enquanto Boulos, com Covid-19, fala em segunda onda

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Enquanto Guilherme Boulos (PSOL), diagnosticado com Covid-19, afirma que a segunda onda da doença está sendo ignorada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), o tucano voltou a afirmar, neste sábado (28), que a pandemia está estável na cidade.

"Há uma estabilidade da pandemia na cidade de São Paulo", disse Covas neste sábado. O candidato condenou a desconfiança em relação aos dados da vigilância sanitária e comparou essa atitude com o negacionismo diante de dados que atestam o aumento das queimadas na Amazônia.

"A gente teve um aumento na quantidade de internações, mas há uma estabilidade em relação ao número de casos e óbitos. Desacreditar a vigilância sanitária é como desacreditar os dados do Inpe que apontam aumentos de queimada no Brasil. Esse tipo de ação é que partidariza e politiza um trabalho feito pelos técnicos da prefeitura", afirmou em crítica velada a Boulos.

Covas disse ainda que há total transparência dos dados da doença na cidade. "Aqui na cidade de São Paulo não há espaço para o discurso alarmista dizendo que estamos escondendo dados, como não há espaço para discurso de que a pandemia já acabou."

O prefeito aproveitou para desejar saúde e recuperação ao adversário. "Eu já enfrentei a Covid e sei que não é tranquilo, espero que corra tudo bem com ele", disse.

Questionado sobre o fato de que Boulos teve sete compromissos de campanha presenciais após saber que a deputada Sâmia Bomfim (PSOL), que esteve com ele, havia contraído a doença, Covas evitou atacar o adversário.

"Em nenhum momento eu politizei o vírus, em nenhum momento eu trouxe esse tipo de debate. Não cabe a mim analisar, não vou ficar fazendo esse tipo de análise, cabe a ele responder esse tipo de pergunta", disse.

No último dia de campanha, Covas visitou a casa de cinco militantes históricos do PSDB na periferia. Os apoiadores atuam no PSDB desde a época do seu avô, Mario Covas. A agenda com pessoas mais velhas teve o objetivo de incentivar que esse grupo vá votar no domingo (29). O prefeito é favorito entre os mais velhos, mas pode ser prejudicado com a abstenção nas urnas devido à pandemia.

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