A cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do Batom”, cumprirá sua condenação em prisão domiciliar, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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O caso transitou em julgado em agosto, após o esgotamento de recursos. Débora ficou conhecida por escrever a frase “Perdeu, mané” na estátua dos Três Poderes durante os atos de 8 de janeiro de 2023, tornando-se símbolo da luta pela anistia entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Condenada a 14 anos de prisão pela Primeira Turma do STF em abril, Débora foi responsabilizada por associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Desde março de 2023, porém, ela já cumpria prisão domiciliar preventiva, com tornozeleira eletrônica e restrições como proibição de usar redes sociais, dar entrevistas ou se comunicar com outros investigados.
A decisão de Moraes mantém essas medidas cautelares. A defesa aguarda análise de pedido de progressão de regime, alegando que Débora já passou dois anos em prisão preventiva.
Seu julgamento também gerou a primeira divergência pública dentro da Primeira Turma: o ministro Luiz Fux votou por pena de apenas 1 ano e 6 meses, enquanto Moraes sustentou condenação dura. A diferença de votos foi interpretada como prenúncio da posição de Fux em relação a Bolsonaro, posteriormente absolvido por ele em parte das acusações .
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