SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Médicos residentes protestaram na manhã desta terça-feira (9) contra a falta de remédios e equipamentos no Hospital São Paulo.
Os residentes ocuparam a frente do hospital com faixas como "a saúde pede socorro", "luta é pelo paciente" e "faltam remédios".
O Hospital São Paulo, que atende pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde), é ligado à Unifesp, entre outras entidades, e é gerido por um conselho estratégico. A unidade vive há alguns anos uma crise financeira e, segundo profissionais, a situação piorou desde o ano passado.
De acordo com os médicos, a greve deve continuar nesta semana, com um grupo de profissionais na entrada do hospital explicando a situação aos pacientes. Na próxima sexta-feira (12), haverá um novo ato no hospital, que fica na Vila Clementino, zona sul da cidade.
Segundo os profissionais, serão mantidos 30% dos residentes que normalmente ficam no pronto-socorro e UTI.
A reportagem teve acesso a uma lista de quase 80 itens que, segundo os profissionais, estavam faltando no hospital nesta segunda. No material, entre os itens, estavam álcool, anestésicos e quimioterápicos. Há ainda gaze, seringas e aventais.
Os profissionais afirmam ainda que, devido aos problemas, pacientes em situação mais grave estão sendo encaminhados a outros hospitais.
Questionada sobre o assunto, a assessoria de imprensa do hospital afirmou que "com a pandemia, a unidade tornou-se um hospital preferencialmente Covid, atendendo a um grande volume de pacientes graves, que geraram maiores custos, que não estavam previstos".
"Importante ressaltar que a unidade recebeu no 1º semestre de 2020 incentivos fiscais, recursos públicos e doações devido à pandemia, que permitiram o custeio das atividades, mas que, infelizmente, não se mantiveram no 2º semestre de 2020. Assim, o Conselho Estratégico do Hospital São Paulo tem trabalhado incessantemente para solucionar a falta de parte dos insumos, ocasionada recentemente pelo aumento no número de atendimentos e internações na unidade", diz a nota. .
Ainda de acordo com a unidade médica, parte dos itens em falta é substituída por similares e o restante estão em processo de aquisição emergencial, com previsão de normalização dos estoques em até 48 horas.
O hospital afirmou ainda que solicita "aos médicos residentes a manutenção das suas atividades visando a continuidade da assistência na instituição".
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