O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 16, que o Poder Executivo tem colaborado com a Câmara para colocar adiante a reforma tributária e que, nesta segunda, pela manhã, antes de embarcar para São Paulo, teria se encontrado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar do assunto.
"Estamos conversando e espero que amanhã possamos conversar eu, ele e o presidente Davi Alcolumbre (Senado) pra gente organizar não só a pauta da tributária, mas a pauta da reforma administrativa e do pacto federativo. Não adianta resolver só o tema da tributária. As despesas públicas estão crescendo e, se a gente simplificar e não resolver o lado das despesas, daqui a pouco, a gente vai continuar aumentando dívidas ou criando novos impostos", disse Maia.
Para ele, é preciso tratar a questão do gasto público com uma prioridade de debate no Congresso Nacional. Para Maia, o debate em torno da retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) acabou.
"Da parte do Congresso sempre foi muito difícil. Disse isso ao ministro Paulo Guedes, mas da parte do governo agora me parece que não tem mais interesse. Se não tem interesse do Executivo e do Legislativo, as coisas não aparecem sem um patrocinador da ideia", disse o presidente da Câmara.
Perguntado se haverá uma alternativa à não retomada de um imposto nos moldes da CPMF, Maia disse que há R$ 400 bilhões de incentivo fiscal.
"Não sei, se reduz uma parte... o que não dá é você resolver um problema e criar outro. Criar um imposto cumulativo e o percentual vai ser alto para poder resolver a desoneração da folha. Vamos simplificar o imposto de bens e serviços, o Paulo Guedes tem também propostas para o Imposto de Renda que ainda está sendo elaborada e depois vamos para o terceiro ponto que é a folha de pagamento", disse Maia, acrescentando que ai se vê o melhor caminho. "O que sei é que criar imposto não é o melhor caminho para a maioria dos brasileiros", comentou.
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