No Centro do Rio de Janeiro, desde as 9h, cerca de 400 pessoas estão reunidas numa manifestação que acontece todo ano nesta data, o Grito dos Excluídos. A estimativa é de um policial militar que participa do esquema de segurança no local.
Neste ano, o tema do protesto é 'Este sistema não Vale', um manifesto contra as reformas promovidas pelo governo, como a da Previdência. O tema faz referência também à mineradora Vale, responsável pelo desastre ambiental e morte de centenas de pessoas em Brumadinho (MG).
"A principal bandeira da manifestação é que nada nesse sistema tem solução: a saúde, educação, o uso da terra. Nenhuma reforma vai salvar o País", disse Marcelo Edmundo, diretor da Central de Movimentos Populares.
O protesto acontece com tranquilidade, e no entorno circularem pessoas favoráveis ao governo de Jair Bolsonaro, que estão no centro da cidade para assistir ao desfile militar de 7 de setembro. Desde o início do protesto, apenas um homem vestindo camisa do PSL, partido do presidente, provocou os manifestantes gritando 'mito'. Em resposta, foi vaiado e logo se retirou do local.
A Polícia Militar formou um cordão de isolamento na frente do protesto. Assim que acabar o desfile militar eles irão abrir espaço para que os manifestantes percorram ruas do centro até a Praça Mauá.
"Estou aqui pelo Brasil da Amazônia e da Embraer. Não é pelo Brasil de Bolsonaro", afirmou a aposentada Maria das Graças Gama.
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