O lançamento de imóveis residenciais na capital paulista em fevereiro foi mais do que o dobro do registrado no mesmo mês do ano passado, segundo a pesquisa mais recente do Secovi-SP, entidade que representa as empresas do setor.
No segundo mês do ano, 870 unidades foram lançadas na cidade - ante 341 imóveis em fevereiro do ano anterior. Em 12 meses, foram lançados 32,8 mil imóveis, um patamar parecido com o período de março de 2014 a fevereiro de 2015, no início da recessão.
A venda de imóveis novos também acompanhou esse movimento, com a comercialização de 2,2 mil unidades em fevereiro, 50% a mais do que no mesmo mês de 2018. No acumulado de 12 meses, as vendas em fevereiro também voltaram ao mesmo patamar registrado até fevereiro de 2015.
"Em meio à atual conjuntura, com um novo governo e a necessidade de as reformas saírem, as perspectivas para este ano continuam elevadas", avalia o presidente da entidade, Basilio Jafet. "Contudo, sem a aprovação da reforma da Previdência, o setor imobiliário será afetado, assim com os demais setores da economia."
Para o corretor de imóveis João Batista Souza, que atua em uma imobiliária na região central da capital paulista, o mercado na cidade ainda está mais aquecido para locação do que para vendas.
"O estoque de imóveis que não foram vendidos na cidade ainda está alto. A procura tem aumentado nos últimos meses, mas principalmente para imóveis de baixo valor e a gente sente que as construtoras têm apostado mais em imóveis assim, mas o consumidor ainda está pensando bem antes de comprar um imóvel."
Ainda de acordo com o Secovi, os imóveis de até R$ 240 mil lideraram as vendas, enquanto a maior parte dos lançamentos custava entre R$ 240 mil e R$ 500 mil.
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