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Piora externa e Previdência empurram Ibovespa para abaixo dos 97 mil pontos

A cautela com relação às reduções nas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento mundial e a disputa tarifária entre Estados Unidos e União Europeia domina as mesas de operação com ações. E o Ibovespa acompanha o ajuste negativo das bolsas internacionais, sem descuidar de afirmações sobre a reforma da Previdência em Brasília.

Na capital federal, na Marcha dos Prefeitos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-Rio), reforçou a necessidade de se trabalhar em conjunto e que a reforma previdenciária irá construir caminho para solução da Lei Kandir e o pacto federativo. "A Previdência será um marco histórico e dará crescimento das receitas", estimou, reafirmando que pode haver colapso fiscal para municípios se não passar a reforma.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) também defendeu o pacto federativo. Segundo ele, o Senado não irá se abster de responsabilidade como Casa de Federação.

Em seu discurso no evento, o presidente Jair Bolsonaro ainda comentou sobre o tema, afirmando que o País tem pouco, mas quer dividir com os prefeitos com pacto federativo.

Conforme ele, os seus ministros se comunicam, e que não há vaidade entre eles. Sobre a reforma, disse que "temos uma encruzilhada pela frente", e que, como afirmou Maia, gostaria de não fazer a reforma previdenciária, mas "somos obrigados". Em sua visão, o País não pode continuar dependendo apenas de commodities.

Após abrir em baixa, o Ibovespa acentuou o ritmo de queda, perdeu os 97 mil pontos e ainda testou os 95 mil pontos. Às 13h25, no entanto, o índice caia 1,26%, aos 96.140,91 pontos, com apenas nove ações em alta, das 65. Petrobras PN caia 1,09%, com investidores monitorando informações acerca da cessão onerosa, cujo valor pode definido no fim do dia.

Além disso, o presidente da Câmara disse que os royalties do petróleo são algo democrático, mas que deve ser feito com debate. Já Vale ON cedia 1,31% e Petrobrás ON, -0,76%. O setor bancário também operava com declínio

Lá fora, o sinal também era de declínio. Mais cedo, o FMI divulgou redução nas estimativas para o crescimento mundial. Conforme a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, os países que apresentarão desaceleração neste ano respondem por 70% do PIB mundial.

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