O ex-deputado federal Fernando Chiarelli (PTdoB) foi preso nesta terça-feira, 2, pela Polícia Federal (PF) ao chegar à Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP) para participar da convenção partidária que ratificou sua candidatura à prefeitura do município do interior paulista. Ele foi levado por dois agentes à sede da PF na cidade e, depois, segundo seu advogado Alexandre Sousa, encaminhado a um presídio da região.
Chiarelli foi condenado em outubro de 2015 a 1 ano e 9 meses de prisão em regime semiaberto e multa de 20 salários mínimos pelo juiz eleitoral Luís Augusto Freire Teotônio. A condenação ocorreu por calúnia, injúria e difamação contra a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD), durante a campanha que a reelegeu, em 2012. A ação contra o ex-deputado foi feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
Os advogados de Chiarelli recorreram, mas pena foi ratificada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em maio deste ano, levando-o a ser preso na manhã de hoje antes da convenção do PTdoB definiu a candidatura do ex-deputado a prefeito. "Chiarelli continua candidato a prefeito e estamos empenhado em tentar um habeas corpus junto ao TRE para reverter essa decisão", disse Sousa, lembrando que o ex-parlamentar tem até 48 horas para assinar a ata da convenção partidária.
O ribeirão-pretano tem um passado de polêmicas e de inimizades na cidade, entre eles vários políticos locais, como o ex-prefeito e ex-ministro Antonio Palocci, o ex-deputado e ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e seu filho, atual líder do PMDB na Câmara dos Deputados Baleia Rossi (PMDB-SP). Eleito vereador em 1992 pelo PDS, Chiarelli foi cassado e por falta decoro em 1994 após chamar o ex-vereador Antonio Lorenzato, deficiente físico, de "aleijadinho", se tornando inelegível por oito anos. Curiosamente, quem assumiu a vaga de Chiarelli foi a então suplente e atual prefeita Dárcy Vera, pivô da prisão do ex-deputado.
Chiarelli tentou a candidatura a prefeito em 2004, mas seu registro foi cassado e ainda disputou a eleição municipal em 2012 e ficou na quarta colocação com 5,56% dos votos válidos. Em 2009, pelo PDT, como suplente de deputado federal assumiu a vaga de João Herrmann Neto, morto em 12 de outubro daquele ano, e permaneceu até o fim do mandato, em 2010.
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