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Estamos completamente alinhados na campanha de pressão sobre Irã, diz Mnuchin

O secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, garantiu que os integrantes do governo continuam "completamente alinhados sobre a campanha de pressão máxima sobre o Irã", ao ser questionado se a saída de John Bolton do governo poderia representar uma mudança na postura em relação ao país persa. O presidente americano, Donald Trump, anunciou no início da tarde a saída do conselheiro de Segurança Nacional, quando disse pelo Twitter que "discordava fortemente" de muitas das sugestões do ex-funcionário.

Bolton é apontado pela imprensa americana como um falcão na política externa e defensor de uma postura dura em relação a inimigos no Oriente Médio, entre eles o Irã. Segundo Mnuchin, contudo, a saída dele não representa nenhuma inflexão na política externa.

O secretário do Tesouro concedeu entrevista coletiva em Washington, ao lado do secretário de Estado americano, Mike Pompeo. As autoridades também anunciaram sanção contra indivíduos ligados ao grupo Hamas, ao Estado Islâmico, à rede Al-Qaeda e à iraniana Força Quds. Mnuchin argumentou que a pressão sobre o Irã tem funcionado, com sanções anteriores prejudicando a economia local e suas exportações de petróleo.

Perguntadas sobre os motivos para a saída de Bolton, as duas autoridades não quiseram entrar em detalhes. Mnuchin comentou, por exemplo, que a visão de Trump e Bolton sobre a guerra do Iraque era muito distinta e que o presidente já havia dito isso em público. Pompeo tampouco se alongou sobre o tema e disse que o fato não o surpreendia. "Eu nunca fico surpreso", garantiu.

As autoridades também foram questionadas sobre o quadro na Venezuela. Mnuchin garantiu que o governo americano está atento ao quadro humanitário no país sul-americano e disse que, na opinião dele, as sanções em vigor contra o país governado por Nicolás Maduro também tem funcionado.

Pompeo ainda falou sobre o quadro imigratório nos EUA, com o esforço oficial para interromper o fluxo de imigrantes ilegais vindos do México. O secretário de Estado disse que o México tem avançado para controlar a situação, mas que ainda é preciso fazer mais no tema.

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