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Projeto russo para Síria não inclui sanções, diz Lavrov

A Rússia informou nesta quinta-feira que seu projeto de resolução para levar ajuda a civis sitiados na cidade síria de Homs não inclui ameaça de sanções ao regime de Damasco. O ministro de Relações Exteriores Sergei Lavrov disse que a Rússia apresentou dois documentos para discussão no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o envio de ajuda humanitária, além de denunciar o "terror" que varre o país, devastado pela guerra.



Lavrov disse que o rascunho original sobre ajuda humanitária apoiado por países árabes e do Ocidente "foi preparado na forma de um ultimato. Há ameaças de sanções."



"Mas nós insistimos na necessidade de concentração no trabalho prático", declarou Lavorv aos repórteres. "A diferença entre a resolução deles e a nossa compreensão da situação é que eles fazem uma interpretação muito seletiva da situação", afirmou o principal diplomata russo.



"Eles jogam toda a culpa sobre o regime, sem dar a necessária atenção aos problemas humanitários criados pelas ações dos rebeldes."



Países ocidentais querem que a Rússia apoie o esboço de resolução que pede que todos os lados melhorem o acesso humanitário e "imediatamente encerrem o cerco à cidade velha de Homs" e a outras cidades sírias.



A resolução não é vinculativa e não prevê sanções automáticas. Mas o Conselho de Segurança pode aprovar sanções contra os que impedirem a entrega de ajuda humanitária ou prejudiquem civis se as exigências não forem atendidas em 15 dias.



Desde o início da crise, quase três anos atrás, Rússia já bloqueou três resoluções no Conselho de Segurança que tinham como objetivo pressionar o regime de Bashar Assad.



Lavrov ridicularizou o plano ocidental, dizendo que se trata de um documento cujo alvo é apresentar a oposição de uma forma positiva e joga toda a culpa pela crise humanitária no governo de Assad.



"Obviamente, é muito mais difícil concordar...a respeito de desbloquear bairros específicos...do que adotar resoluções no Conselho de Segurança da ONU", disse ele. Fonte: Dow Jones Newswires.

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