A República Democrática do Congo está lidando com um surto de doença desconhecida desde outubro, com 406 casos confirmados e 31 mortes até o momento, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). A maior parte dos casos ocorre entre crianças, especialmente aquelas com menos de cinco anos de idade. Para investigar a origem da doença e buscar soluções, a OMS enviou uma equipe de especialistas ao país, composta por epidemiologistas, clínicos, técnicos de laboratório e profissionais de controle de infecções.
Em um comunicado, Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África, afirmou que a prioridade é apoiar as comunidades afetadas e entender rapidamente os mecanismos de transmissão. "Estamos fazendo todo o possível para identificar a causa da doença e garantir uma resposta ágil e eficaz", declarou Moeti.
O surto foi inicialmente identificado na zona de saúde de Panzi, na província de Kwango, e desde então se espalhou para várias outras áreas da região. O pico de casos ocorreu na semana epidemiológica 45, entre os dias 3 e 9 de novembro, mas a doença continua a se propagar. A OMS reportou que, até agora, foram detectados casos em nove das 30 áreas de saúde da zona de Panzi, com uma maior concentração nos locais de Tsakala Panzi, Makitapanzi e Kanzangi.
Crianças de 0 a 14 anos representam mais de 64% dos casos confirmados, com a maior parte afetada sendo menores de cinco anos. As mulheres também têm sido amplamente atingidas, constituindo 59,9% dos registros. As mortes relacionadas à doença têm sido predominantemente entre crianças, com 71% dos óbitos ocorrendo em menores de 15 anos.
Os sintomas mais comuns entre os infectados incluem febre, tosse, fadiga e secreção nasal. Em casos graves, a doença evolui para dificuldades respiratórias, anemia e sinais de desnutrição severa. Testes laboratoriais estão sendo realizados para excluir outras condições que causam sintomas semelhantes, como sarampo, pneumonia, malária, gripe e até Covid-19.
A OMS segue acompanhando o surto de perto e trabalha para encontrar soluções para este desafio sanitário que afeta a população do Congo.
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