EU, ROBÔ?

Evolução tecnológica, robôs vs humanos, inteligência artificial, machine learning e algoritmos são termos cada vez mais comuns no dia a dia dos negócios e do mercado. Antes restrito apenas aos profissionais de TI ou tecnologia estas tendências já abrangem diversos segmentos de atuação, gerando por um lado rápido desenvolvimento de produtos e serviços, mas também ansiedade e preocupação para funcionários e gestores em todo o mundo.

Em uma pesquisa do instituto americano Gartner, 70% dos trabalhadores têm interesse em utilizar inteligência artificial para auxiliar em suas tarefas do dia a dia, por outro lado dos 30% que não se interessam citam problemas como privacidade e segurança dos dados como principais motivos.

Dentre os respondentes adeptos à inteligência artificial, as atividades mais citadas para utilização foram o processamento de dados com 36%, automação de tarefas digitais com 32% e descoberta de informações com 29% das citações. Outros pontos interessantes citados foram a simplificação de processos com 28%, monitoramento de segurança com 26% e automação da tarefas físicas também com 26%.

Fazendo uma breve análise das respostas acima podemos concluir que muito se fala de uma eventual substituição da mão de obra humana em prol de robôs ou inteligências virtuais, mas na prática o que a nossa realidade ainda nos oferece é a terceirização de atividades burocráticas e processuais. Atividades geralmente procrastinadas no dia a dia profissional e que não traz satisfação pessoal nenhuma.

Ainda explorando este ponto de vista, podemos concluir que todas as iniciativas tecnológicas nesta área apontam para uma inteligência cooperativa à produção e bem estar do trabalhador, pelo menos no curto prazo, e que os profissionais que souberem tirar proveito dessas ferramentas poderão obter vantagem competitiva com a realização de tarefas de forma mais ágil e maior qualidade na obtenção de informações para análise de projetos ou respostas ao mercado.

Eu, Robô? Talvez alguns de nós viveremos tempo suficiente para vivenciar uma fusão total entre humanos e máquinas, mas até lá nossa missão é nos mantermos conectados, antenados e principalmente receptivos as boas novidades, para ganharmos qualidade de tempo e usufruirmos mais de nossa capacidade intelectual e cognitiva em nossos afazeres diários.