O ator Caio Castro interpretou Max Trombini no filme A grande vitória
Reprodução/Instagram/Facebook
Nascido em Ubatuba, Max Trombini pratica artes marciais há 30 anos e é reconhecido como um dos maiores especialistas e estrategistas em luta de solo do Brasil. Em 2010, o caiçara faixa preta de judô e jiu-jitsu, lançou a autobiografia "Aprendiz de Samurai - Uma História Real", chamando a atenção do iniciante diretor Stefano Capuzzi Lapietra, de 26 anos.
Seu livro foi transformado no filme "A Grande Vitória" pelo diretor Lapietra e está em cartaz -desde o dia oito de maio- nos cinemas de todo o país. Em entrevista ao Meon, Max falou sobre o filme, história de vida e relação com a sua cidade natal.
Como você foi parar no judô?
Tive uma infância complicada porque eu era muito briguento e vivia envolvido em confusões, principalmente após a morte do meu avô, que foi quem me criou junto com a minha mãe. Foi então que um professor de Educação Física aconselhou a minha mãe a me colocar na escolinha de judô para eu melhorar quando eu tinha 13 anos e deu certo.
E sua trajetória no judô e artes marciais? Como foi?
Meu primeiro professor foi o sensei Josino de Sousa na cidade de Ubatuba. Fui campeão sulamericano e paulista de judô e acabei ficando conhecido na comunidade da luta por ter sido o professor na Confederação Brasileira de Judô de luta de chão. Também sou faixa preta em jiu-jitsu e a luta entrou na minha vida através de um bom amigo de infância, Waldomiro Júnior.
Seu trabalho nas duas modalidades lhe rendeu sondagens internacionais correto?
Com o entendimento nos dois esportes me tornei professor, tendo desenvolvido muitos campeões que trouxeram mais de 35 medalhas em Campeonatos do Mundo e mais de 200 lugares no pódio no campeonato paulista. Esse trabalho abriu a porta para outros convites de federações importantes do Judô como a da Rússia, Alemanha, Portugal e Eslovénia.
Você não mora mais em Ubatuba correto? Por quê?
Vim para São Paulo há 20 anos quando tive que tomar a importante de decisão de deixar de ser atleta para ser coaching -treinador. Mas tenho uma relação de amor com Ubatuba e tenho o maior orgulho de ser caiçara. Quem esquece de onde veio, perde o rumo da vida. Na cidade tenho um projeto social ensinando o judô para crianças carentes, a arte marcial também educa.
E como sua história de vida virou filme?
Em 2010 foi lançado o livro e eu fui em uma rádio conceder entrevista. Uma senhora que estava escutando a transmissão achou interessante e contou para seu filho, que é o Stefano Laprieta. Ele leu o livro, também gostou e foi me procurar na academia. Conversamos e ele me explicou que trabalhava na produtora O2, do cineasta Fernando Meirelles e que estava começando como diretor. Fizemos duas gravações, como documentário, da minha história e apresentamos ao Fernando, que abraçou o projeto e ofereceu sua produtora para a realização do filme.
Veja abaixo o trailer do filme:
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