O time titular do primeiro acesso do São José ao Paulistão, em 1980: Darcy, Ademir Melo,
Walter Passarinho, Ademir Gonçalves, Nelsinho e Tonho;
Edinho, Tata, Tião Marino, Esquerdinha e Nenê
Foto: Museu do Esporte SJC
O maior ídolo da torcida do São José Esporte Clube, o ex-centroavante Tião Marino, estará na cidade, na manhã deste sábado. Ele, que nasceu e mora em Ribeirão Preto, receberá o título de cidadão joseense no Museu do Esporte, na praça Afonso Pena.
Tião Marino já recebeu homenagem do São José Esporte Clube, em uma partida do time no estádio Martins Pereira. Agora, em uma iniciativa do vereador Carlinhos Tiaca, novamente estará em São José dos Campos, com os torcedores.
A ficha técnica de Tião Marino é destaque no Museu do Esporte:
Sebastião Marino Neto, da modalidade futebol, é filho de Maria Neves Marino e Elias Marino. Nasceu em Ribeirão Preto no 26 de maio de 1951. Depois de encerrar a carreira de jogador, passou a trabalhar em sua cidade numa empresa de equipamentos hospitalares.
Cono atacante, atuou pelos seguintes clubes: Fluminense de Feira de Santana (BA), Santa-ritense (Santa Rita do Passa Quatro), Palmeiras de São João da Boa Vista, Figueirense (SC), Corinthians (SP), Flamengo (RJ), Internacional de Limeira (SP), São José, Sertãozinho, Londrina, São Bernardo, Juventus, Taquaritinga, Batatais e Comercial de Ribeirão Preto.
Foi campeão da Divisão Intermediária (atual Série A-2) pelo São José Esporte Clube, ajudando a conquistar o primeiro acesso da Águia do Vale para o Paulistão.
Maior artilheiro do São José em todos os tempos com 82 gols. É considerado o maior ídolo da história do clube e a torcida Mancha Azul mandou confeccionar um “bandeirão” com o seu rosto, eternizando sua presença no Estádio Martins Pereira. Também conquistou o acesso pela Internacional de Limeira, antes de chegar para o São José. E foi campeão catarinense pelo Figueirense.
Na história
O saudoso cronista Alberto Simões, em uma das suas obras, deixou o seguinte texto:
Tião Marino, atacante oportunista e artilheiro, o maior ídolo da torcida do São José Esporte Clube, um especialista em gols de cabeça, sendo o maior goleador da história do São José. Ficou no clube de 1979 a 1982, formando num ataque inesquecível: Edinho, Tião Marino e Nenê.
Quando o São José deu a arrancada para ganhar o acesso em 1980, no jogo de estreia contra o Jabaquara, Tião Marino marcou quatro gols. Foi marcante sua participação nos jogos decisivos contra o Catanduvense, no Pacaembu. E quase ficou de fora por causa de uma lesão.
Desafiou os médicos do São José, passou por uma avaliação com o Dr. Léo Vilarinho, do Corinthians, ficou sabendo que não tinha fratura, apenas uma luxação, e a dor era suportável: foi para a concentração, colocou o braço sob uma torneira e com uma faca de cozinha tirou o gesso. Entrou em campo, marcou dois gols na goleada por 4 a 0, deixou a vitória encaminhada e foi substituído no intervalo pelo técnico Henrique Passos.
Logo na primeira participação da “Águia do Vale” no Campeonato Paulista da 1ª Divisão, o Paulistão, quando o time, na condição de “caçula” da competição, terminou em 7º lugar, Tião Marino foi o artilheiro da equipe, com 15 gols.
Um dos gols sempre lembrado pela torcida é aquele de 1982, na estreia do São José na Taça de Ouro (hoje Campeonato Brasileiro), fazendo 1 a 0 em cima do Grêmio (RS) do goleiro Leão.
Seu amor pelo São José aumentou muito com o sofrimento de 1979, quando o time perdeu para o Taubaté a chance do acesso no Parque Antártica. Em depoimento no livro A História de Uma Rivalidade (de Alberto Simões e Moacir dos Santos) declarou que “o mundo parecia ter desabado sobre mim”. Com a renovação do contrato para o ano seguinte colocou como meta a conquista do título, o que realmente aconteceu.
Quando deixou o São José ficou muito triste. “Parece que um pedaço de mim tinha morrido”, declarou. Ele jogou 224 partidas com a camisa da Águia do Vale. São José dos Campos foi a cidade que marcou sua vida profissional e pessoal. Sua filha caçula é joseense.
Por sinal, Tião se casou com Doraci Fazzio Marino. Tiveram três filhos (Milena, Matheus e Michelle). Sempre acompanha os jogos do São José, torcendo muito, mesmo à distância. E não perde o contato com alguns companheiros com quem jogou nos bons momentos vividos no “Martins Pereira”.
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