Depois da forte reação do mercado à suspensão do reajuste do diesel a pedido do presidente Jair Bolsonaro, ministros se esforçaram para transmitir a imagem de que a Petrobras é livre para decidir sua política de preços. Apesar disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que a política não é suficientemente transparente e que mudanças estão em estudo.
"Saímos convencidos de que presidente da Petrobras sabe que tem que trabalhar práticas de preços. Ele tem o encargo de tornar a política cada vez mais transparente", afirmou.
Guedes reforçou que não haverá interferência política na estatal e disse que a dimensão econômica que tem que ser considerada até mesmo para não atrapalhar os futuros leilões de petróleo que serão feitos e terão a participação da empresa. "Temos R$ 1 trilhão para sair do pré-sal, se manipular preço, todo processo é afetado", completou.
Guedes disse que não quer repetir o "fenômeno Dilma Rousseff", numa referência à ex-presidente ter segurado preços de petróleo, nem "muito menos o fenômeno Venezuela". "Não queremos de forma alguma ser governo que manipula política de preços, como no passado."
Ele admitiu que a ação de Bolsonaro dá margem de interpretação de que houve uma intervenção, mas disse que é natural que peça explicações.
O ministro afirmou que o presidente saiu convencido da reunião e que mostrou a ele que houve, no passado, períodos em que a Petrobras cobrava valores muito acima ou muito abaixo dos internacionais. "Dissemos a presidente que queremos ir para as melhores práticas internacionais", completou.
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