O IPCA-15, indicador que antecipa a inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 1,23% em fevereiro, conforme divulgado pelo IBGE nesta terça-feira (25). Esse aumento é o maior para o mês de fevereiro desde 2016, representando uma aceleração considerável frente aos 0,11% do mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice chegou a 4,96%, superando o teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 4,5%. Embora tenha apresentado um aumento significativo, o resultado ficou abaixo da expectativa dos analistas, que previam uma alta de 1,34%.
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A principal pressão veio do grupo de Habitação, que teve um aumento de 4,34%, o que contribuiu com 0,63 ponto percentual (p.p.) para o índice geral. O principal fator foi o reajuste de 16,33% na tarifa de energia elétrica residencial, que teve um impacto de 0,54 p.p. no IPCA-15. Esse aumento veio após uma redução de 15,46% em janeiro, quando as tarifas foram beneficiadas por um bônus de Itaipu. Além disso, as tarifas de água e esgoto subiram 0,52%, refletindo reajustes em vários estados.
O grupo de Educação também teve um papel relevante, com um aumento de 4,78%, o maior do mês. Esse aumento foi puxado principalmente pelos reajustes das mensalidades escolares, especialmente no ensino fundamental (7,50%), ensino médio (7,26%) e ensino superior (4,08%).
No setor de Alimentação e Bebidas, o aumento foi de 0,61%, impactando em 0,14 p.p. no índice, mas mostrando uma desaceleração em comparação com janeiro. Entre os produtos alimentícios, a cenoura foi o item com maior alta (17,62%), seguida pelo café moído (11,63%). No entanto, alimentos como batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%) tiveram queda nos preços.
O grupo de Transportes também exerceu pressão sobre o índice, com alta de 0,44%, especialmente devido aos combustíveis, que registraram um aumento médio de 1,88%. O etanol subiu 3,22%, o óleo diesel 2,42% e a gasolina 1,71%. A única exceção foi o gás veicular, que caiu 0,41%. Esses aumentos foram influenciados pela alta do ICMS sobre combustíveis, que entrou em vigor no início de fevereiro.
Apesar de ter ficado abaixo das previsões do mercado, o resultado do IPCA-15 ainda é um reflexo de um cenário inflacionário desafiador. A pressão sobre os preços continua, especialmente devido aos reajustes nas tarifas de energia e no custo de alimentos e combustíveis. O Banco Central terá a difícil tarefa de manter a inflação dentro da meta estabelecida, especialmente com a previsão de que o índice oficial (IPCA) possa atingir 5,65% até 2025, segundo estimativas do mercado.
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O IPCA-15 serve como uma prévia do IPCA, calculado com base nos preços coletados entre a segunda metade de um mês e a primeira metade do mês seguinte, enquanto o IPCA considera o mês completo. O resultado oficial para fevereiro será divulgado no dia 12 de março. O governo e o Banco Central continuam enfrentando o desafio de equilibrar o controle inflacionário com o crescimento econômico, em meio a uma pressão interna e um ambiente global incerto.
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