Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (15), o Superintendente da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo, Claudinei Salomão, revelou detalhes sobre a posição em que os corpos das vítimas do recente acidente aéreo foram encontrados.
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Segundo Salomão, essa evidência sugere que os passageiros foram alertados pela cabine de comando sobre uma iminente queda antes do impacto.
Grande parte dos corpos foi encontrada na posição conhecida como "brace", em que os passageiros colocam a cabeça entre os joelhos e abraçam as pernas para minimizar os impactos de uma aterragem forçada. "Essa posição em que grande parte dos corpos foi encontrada favoreceu muito o trabalho pericial, pois as mãos estavam íntegras, o que permitiu a identificação papiloscópica das vítimas através das digitais", explicou Salomão. A identificação dos 62 passageiros e tripulantes foi concluída na quarta-feira (14).
O superintendente sugeriu que a cabine de comando, liderada pelo copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva e pelo piloto Danilo Santos Romano, tenha alertado os passageiros sobre a possível queda. Salomão também afirmou que é altamente provável que nenhuma das vítimas tenha sofrido durante o acidente.
"Uma queda de quatro mil metros em menos de dois minutos faz com que o corpo humano sofra movimentações tão sérias que levam ao desmaio. A morte de todos ocorreu na batida, devido aos inúmeros traumas sofridos, mas a tendência é que todos já estivessem desmaiados", concluiu o superintendente.
O laudo preliminar do acidente, que será emitido pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ainda está pendente e deve confirmar essas conclusões iniciais.
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