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Inspetores visitam local de queda do avião na Ucrânia

O grupo de policiais e especialistas forenses da Holanda e da Austrália passou cerca de uma hora inspecionando o local da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, no leste ucraniano, antes de retornar para sua base na cidade de Donetsk.

O comandante da polícia federal australiana Brian McDonald disse nesta quinta-feira que a visita foi apenas um exame preliminar antes dos trabalhos mais amplos de recuperação de corpos e pertences das vítimas.

"Fizemos uma rápida inspeção no local. Hoje foi mais uma avaliação do local do que uma busca", declarou McDonald, que usava seu uniforme policial.

Pelo menos 80 corpos ainda estão no local da queda da aeronave, disse a ministra de Relações Exteriores australiana
Julie Bishop em declaração feita na Ucrânia à Australian Broadcasting Corporation.

O porta-voz de segurança nacional da Ucrânia, Andriy Lysenko, disse que um "dia de silêncio" foi declarado nesta quinta-feira em resposta ao pedido de cessar-fogo feito pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

Mas jornalistas da Associated Press que estavam perto do local da queda confirmaram nesta quinta-feira que confrontos ainda estavam acontecendo nas proximidades de onde o avião que fez o voo MH17 caiu.

Nesta quinta-feira, um comboio com quatro investigadores e oito autoridades da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foi levado de Donetsk até a cidade de Debaltseve, que havia sido retomada dos rebeldes nesta semana pelo governo, mas que caiu novamente nas mãos dos rebeldes.

Alexander Hug, vice-chefe da missão da OSCE na Ucrânia, não forneceu detalhes sobre o que foi visto na região, mas disse que a visita foi um sucesso porque as autoridades "conseguiram chegar ao local sem qualquer incidente".

Comunicado do presidente ucraniano Petro Poroshenko pediu aos rebeldes que obedecessem a um cessar-fogo numa área de 20 quilômetros ao redor do local do incidente.

Em Donetsk, o líder político dos rebeldes, Vladimir Antyufeyev, negou nesta quinta-feira que o movimento separatista esteja recebendo assistência da Rússia, como alegam Estados Unidos e União Europeia, que aprovaram sanções contra o país.

"Nem eu nem o comandante rebelde Igor Girkin sabemos ou encontramos qualquer pessoa da administração presidencial russa", declarou Antyufeyev.

Na Holanda, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, pediu nesta quinta-feira à Ucrânia e aos separatistas pró-Rússia que cheguem a um acordo sobre um cessar-fogo na área ao redor do local onde caiu a aeronave da Malaysia Airlines.

"O conflito no leste da Ucrânia pode não ser facilmente resolvido, mas as pessoas a bordo daquele avião não participaram dele", afirmou Razak. "Pedimos aos dois lados que respeitem as vidas perdidas e a integridade do local do incidente para que as investigações possam seguir adiante." Fonte: Associated Press.

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