O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu a Cúpula do Clima nesta quinta-feira (6), no Pará. O evento reúne chefes de Estado e antecede a COP30, que começa na próxima segunda-feira (10).
Em seu discurso, Lula defendeu “justiça climática” como aliada no combate à fome e à pobreza mundiais e ressaltou a importância do Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 com metas para limitar o aquecimento global e combater as mudanças climáticas.
“A justiça climática é aliada do combate à fome e à pobreza, da luta contra o racismo, da igualdade de gênero e da promoção de uma governança global mais representativa e inclusiva”, ressaltou Lula.
“Não podemos abandonar o objetivo do Acordo de Paris. O relatório de emissões da ONU estima que o planeta caminha para ser 2,5 °C mais quente até 2100. Segundo o mapa do caminho Baku-Belém, as perdas humanas e materiais serão drásticas. Mais de 250 mil pessoas poderão morrer a cada ano, o PIB global pode encolher até 30%. Por isso, a COP30 será a COP da Verdade. É o momento de levar a sério os alertas da ciência, de encarar a realidade se teremos a coragem e determinação para transformá-la”, completou.
O grupo de música regional Arraial do Pavulagem, criado em 1987, deu boas-vindas ao público, que lotava o auditório do Parque da Cidade de Belém.
O secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, discursou antes de Lula e afirmou que “energia limpa vence em preço, performance e potencial, oferecendo a solução para transformar nossas economias e proteger nossas populações”. Ele cobrou “coragem política”.
“Combustíveis fósseis ainda contam com vastos subsídios, dinheiro dos contribuintes. Muitas corporações estão fazendo lucros com a devastação climática, e bilhões gastos em lobby para enganar o público e obstruir o progresso”, observou Guterres.
Antes da abertura oficial, Lula recebeu 100 representantes de países, entre eles 40 chefes de Estado e de governo, além de líderes de organismos internacionais.
Entre os destaques estavam o vice-presidente do Quênia, Abraham Kithure Kindiki; o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre; o secretário de Estado da Santa Sé, Pietro Parolin; e o primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof. Algumas ausências também foram citadas: não enviaram representantes os Estados Unidos, China e Argentina.
Lula foi o primeiro a discursar na plenária. Ele também oferecerá um almoço aos países que sinalizaram aportes no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), verba destinada a países em desenvolvimento para preservação climática.
Financiamento climático
Um dos grandes objetivos do Brasil para sua presidência da COP é implementar mecanismos de financiamento climático. Nesse quadro, o TFFF se destaca. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a meta para esse programa específico é captar US$ 10 bilhões até o fim do próximo ano. O governo mapeou mais de 20 países sinalizando aportes; entre eles Alemanha, França, Noruega, Reino Unido, República do Congo e Suécia.
Até o momento, porém, foram aportados apenas US$ 2 bilhões — US$ 1 bilhão pelo Brasil e outro US$ 1 bilhão pela Indonésia. O objetivo é alcançar US$ 25 bilhões de governos e US$ 75 bilhões da iniciativa privada.
Líderes e negociações
A Cúpula dos Líderes reúne altos representantes de governos para dar ritmo às negociações que precedem a COP. Até sextafeira (7/11), ocorrem agências bilaterais que envolvem clima, natureza, transição energética e balanço dos 10 anos do Acordo de Paris.
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