O Citibank N.A, dos Estados Unidos, e UBS AG Zurich, da Suíça, depositaram nesta quarta-feira, 3, US$ 15 milhões e US$ 10 milhões, respectivamente, relativos a dois termos de ajustamento de conduta firmados com o Ministério Público de São Paulo e a Prefeitura Municipal de São Paulo em 2015. As informações foram divulgadas no site do Ministério Público do Estado.
O pagamento se refere a danos morais coletivos em razão de movimentação financeira na Suíça, Estados Unidos e Ilha de Jersey em contas de empresas "offshore" ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf e seus familiares. Do total pago, 90% se destinam ao município. O restante foi revertido ao Fundo de Interesses Difusos, Fundo Estadual de Perícias e à Fazenda do Estado de São Paulo.
Os acordos foram firmados pelos promotores Silvio Marques, José Carlos Blat, Valter Santin e Karyna Mori, com posterior homologação pelo Conselho Superior do Ministério Público e pela 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital. Com o pagamento, os bancos não poderão mais ser processados pelo uso de suas agências no exterior e nem sofrer outras medidas decorrentes do inquérito civil relacionado aos desvios de verbas das obras da Avenida Água Espraiada e do Túnel Ayrton Senna.
Com o valor transferido nesta quarta-feira, o total recuperado pelo Ministério Público de São Paulo e pela Prefeitura de São Paulo neste caso atingiu US$ 78 milhões, incluindo um acordo com o Deutsche Bank (US$ 20 milhões) e uma ação civil na Ilha de Jersey (US$ 33 milhões).
O ex-prefeito Maluf sempre negou possuir valores ou contas no exterior.
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