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Ibovespa cai 1,41% com influência externa e queda de ações de bancos

A escassez de referências internas de peso fez o Índice Bovespa ceder à aversão ao risco no exterior nesta quinta-feira, 25, voltando ao patamar dos 102 mil pontos. As influências do ambiente corporativo também foram negativas e acabaram por reforçar a onda vendedora, principalmente pela queda das ações do setor financeiro. O resultado foi um recuo de 1,41% do Ibovespa, que fechou aos 102.654,58 pontos, menor nível desde o último dia 3 (102.043 pontos).

A decepção com as declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, ecoaram nos mercados durante todo o dia. Draghi afirmou que na reunião de hoje não foram discutidas mudanças na política monetária do BCE. Apesar do discurso menos "dovish", os mercados mantiveram aposta em corte de juros na reunião de setembro. Ainda assim, houve fuga de ativos de risco, com queda nas principais bolsas de países fortes e emergentes, entre elas a brasileira.

"Não havia como o mercado brasileiro escapar de uma queda hoje, já que houve perdas significativas nos índices setoriais das bolsas americanas. Caíram os índices de metais, de energia e financeiro. Com as pares internacionais em queda, as ações brasileiras acompanharam", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença Corretora.

No cenário corporativo, o grande destaque foi o setor financeiro. Os papéis caíram em bloco, lideradas por Bradesco ON (-4,91%) e Bradesco PN (-5,82%). A queda das ações ocorreu depois que o banco apresentou resultado trimestral considerado bastante positivo, com alta de 25% no lucro recorrente. Foi difícil para analistas justificarem o tombo das ações e alguns se apegaram a quesitos menos favoráveis do banco.

"Houve alguns números negativos em relação a despesas e cartões, mas as vendas foram um pouco exageradas. O balanço foi positivo, mas pode ser que a ação atingiu um certo limite para este ano", disse Luís Sales, analista da Guide Investimentos. Na esteira do Bradesco, papéis de outras instituições financeiras foram contaminadas e também caíram expressivamente. Itaú Unibanco PN perdeu 3,08%.

Os contrapontos às quedas do dia ficaram com Ambev ON (+8,52%) e GPA PN (+5,57%). A empresa do ramo de bebidas apresentou lucro líquido ajustado de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, valor 42,1% superior ao estimado pelos analistas consultados pelo Broadcast. Já GPA refletiu expectativa positiva sobre o processo de reestruturação da empresa.

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