O debate sobre o uso do gramado sintético ganhou força no futebol brasileiro após uma mobilização de jogadores da Série A contra sua adoção crescente. Nomes como Neymar (Santos), Gabigol (Cruzeiro) e Lucas Moura (São Paulo) se uniram para questionar os impactos do gramado artificial nas competições nacionais. A campanha, intitulada #NãoAoGramadoSintético, ganhou apoio de outros astros, como Thiago Silva e Phillipe Coutinho.
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Em uma mensagem compartilhada nas redes sociais, os jogadores expressaram preocupação com o boato de que o futebol brasileiro está tomando. “É lamentável que, com o peso que o futebol não tem no nosso país, uma questão como essa nem deveria ser discutida. Nos principais campeonatos do mundo, as equipes e jogadores são ouvidos sobre a qualidade dos gramados. A solução para campos ruínas é investir em um gramado bom, sem precisar de alternativas artificiais”, afirmaram.
O uso de grama sintética, conhecido como "tapetinho" entre torcedores, está se expandindo para vários estádios brasileiros. Locais como o Allianz Parque (Palmeiras), Ligga Arena (Athletico-PR), Nilton Santos (Botafogo) e Pacaembu já possuem esse tipo de campo. O Atlético-MG também planeja adotar gramado artificial na Arena MRV.
Apesar de ser uma opção prática, com a promessa de menos manutenção em comparação com o gramado natural, o sintético tem gerado críticas, principalmente em relação à saúde dos jogadores. De acordo com a engenheira agrônoma Maristela Kuhn, o calor extremo, registrado recentemente no Brasil, pode tornar o gramado sintético um risco para a integridade física dos atletas. Quando as temperaturas chegam a níveis elevados, a superfície artificial pode atingir até 90 graus Celsius, aumentando o risco de queimaduras nos pés dos jogadores.
O especialista explicou que, ao contrário da grama natural, que ajuda a controlar a temperatura do solo por meio da transpiração das folhas, o gramado sintético, composto por material plástico, não possui essa característica e se aquece muito mais rapidamente. Isso leva a uma diferença de até 30 graus em relação à grama natural em pleno sol, o que representa um perigo real para quem pratica esportes nesses campos.
Com o número crescente de atletas e ex-jogadores se posicionando contra o uso de gramado sintético, o debate sobre os impactos dessa tecnologia continua a se intensificar no futebol brasileiro.
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